Por Isabella Tagliapietra
De acordo com os dados divulgados pela Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras (Ancord), o número de agentes autônomos quase dobrou em um ano, se comparado ao mesmo período de 2020, quando eram 8.322 e agora somam 12.624.
“Acredito que o número de agentes autônomos vai continuar a subir, a tendência é crescer e a minha expectativa é que chega há 30 mil profissionais até 2024”, pontuou ao CRC!News Orlando Junior, responsável pela área de certificação e credenciamento da Ancord.
O crescimento e a adesão a profissão estão relacionados ao aumento de investidores pessoas físicas na Bolsa de Valores, mas também a realização da prova de maneira remota e a facilitação do processo de certificação. Antes da pandemia o processo chegava a demorar 30 dias – marcar a prova, realizá-la, obter o resultado e adquirir o certificado – hoje, todo esse processo pode ser feito em até 10 dias. Isso porque com a chegada da pandemia do novo coronavirus e o impedimento de realizar a prova nos locais de teste presenciais, a Ancord desenvolveu um sistema para que os testes pudessem ser feitos de maneira remota, mas ainda sim segura e eficaz.
Para realizar a versão remota da prova é necessário ter uma boa conexão de internet, um computador que suporte o sistema da Ancord, além disso a câmera e microfone devem funcionar plenamente. De janeiro a julho deste ano 7.282 pessoas realizaram a prova, sendo que 40% utilizaram a modalidade remota e a taxa de aprovação ficou em 53%, equivalente a 3.902 aprovados.
“O mercado de capital cresceu muito, vemos pessoas de outras profissões, bancários até migrando para o modelo de agente autônomo”, pontuou Orlando.
O agente autônomo é responsável pelo intermédio dos investidores com as corretoras e pode ser remunerado das seguintes maneiras: recebendo parte da taxa de corretagem ou comissão por venda de cotas de fundos e ações em ofertas públicas ou parte dos spreads de operação com títulos de renda fixa.
Perfil
No levantamento disponibilizado pela Ancord à CRC!News, 51% dos agentes têm entre 18 e 35 anos, sendo 79% homens e 41% estão em São Paulo e 12% no Rio de Janeiro. Apesar da profissão exigir apenas o ensino médico completo, 72,98% possuem ensino superior completo, 22,47% se pós graduou, 3,72% fizeram mestrado e 0,23% dispõe do título de doutor.
Confia a íntegra na revista CRC!News desta semana.