Por Henrique Pocai, Diretor Comercial do MB.
A recente Consulta Pública, promovida pelo Banco Central do Brasil, marcou não apenas um passo importante em direção à regulamentação dos ativos digitais no contexto nacional, mas uma oportunidade significativa para todo o setor: desde entusiastas cripto até assessores de investimentos.
Sob o aspecto regulatório, é importante considerar que a Consulta estabelece um arcabouço sólido e abrangente para o mercado de ativos digitais, por meio da abertura do órgão regulador à sociedade e às empresas responsáveis por desenhar essa trajetória digital no ramo dos investimentos. Isso traz mais segurança e transparência para os investidores, diminuindo os riscos inerentes a um cenário ainda em desenvolvimento.
Para os assessores de investimentos, a possibilidade de sugerir a diversificação da carteira de investimentos, por meio da inclusão de ativos digitais, ganha destaque. Nesse sentido, vale apostar: o mercado se desenvolve à medida em que há interesse do público consumidor. Se há a necessidade de uma Consulta Pública no setor de ativos digitais, existe, também, movimentação e maior interesse dos investidores sobre esse tipo de negócio. Com a perspectiva de uma regulação mais objetiva e rigorosa, mais players da indústria terão que atuar da maneira correta e segura para o investidor, trazendo mais confiança a apetite aos ativos pelos investidores.
Nessa mesma linha, a Consulta Pública destaca a necessidade de critérios rigorosos para a seleção de ativos digitais, visando garantir a qualidade e a segurança dos projetos listados. Isso oferece aos assessores de investimentos uma maior garantia de que estão sugerindo opções vantajosas, alinhadas às modificações de mercado e, simultaneamente, projetos sólidos e com potencial de crescimento a longo prazo.
Vale, ainda, destacar que a regulação proposta pelo Banco Central, em paralelo a tantas empresas que constroem a dinamicidade do cenário cripto brasileiro, como o Mercado Bitcoin, por exemplo, visa promover a inovação e a competitividade do mercado de ativos digitais: seja através da Renda Fixa Digital ou das criptomoedas. Tudo isso pode ser a porta de entrada para novas oportunidades de investimento e aumento do potencial de retorno aos interessados e curiosos, que souberem abranger esse tipo de investimento na carteira desde já.
É importante dizer que a iniciativa de regulamentação brasileira é tida como espelho para outros países que estão iniciando no ramo, e que os desdobramentos do mercado tokenizado também direciona o país como pioneiro no desenvolvimento de ativos digitais.
A partir do compromisso de empresas fiscalizadas, que estejam de acordo em colaborar com as diretrizes éticas de expansão do setor, é possível que investidores brasileiros experienciem a verdadeira revolução digital. Por meio de fatores como rentabilidade e oportunidade de negócio, a Renda Fixa Digital, por exemplo, já se demonstrou menos burocrática e com maior rentabilidade que a Renda Fixa tradicional, mesmo para risco de crédito mais conservadores. Com uma regulamentação mais clara e rigorosa, os ativos digitais podem se tornar uma parte importante de uma estratégia de investimento diversificada, oferecendo potencial de retorno e segurança para os investidores. Aos assessores, a recomendação, por ora, é só uma: entrem no jogo.