Desde o seu surgimento na década de 70, a profissão do Agente Autônomo de Investimentos passou por grandes transformações. Eu costumo trazer 3 grandes marcos que exemplificam bem todas essas mudanças. Vamos a eles:
Esta fase marca o surgimento da profissão.
AAI 1.0
A atividade do Agente Autônomo passou a ser regulada em 1976 após a criação da CVM. Nesta época, sua principal atividade era a colocação ou venda de títulos e valores mobiliários registrados no BACEN.
O perfil do profissional até então, estava mais relacionado ao operador de bolsa de valores.
AAI 2.0
Esta fase, marca a primeira instrução normativa decretada pela CVM, quase 25 anos depois, em 2001. Sendo que, para sua consolidação, são necessários quase 10 anos, até que a profissão tome um novo corpo com o surgimento das plataformas digitais.
Este profissional até então, tem o papel de distribuir diversas classes de ativos disponíveis na plataforma em que é plugado.
AAI 3.0
Entramos na era da informação e tecnologia. Neste momento este profissional, que assumiu um papel fundamental no auge da pandemia, passa a exercer uma influência direta junto aos seus clientes como um papel que vai além da distribuição de produtos de investimentos.
Para se ter noção do crescimento da profissão, em mar/17, início da contagem da ANCORD, eram 4.861 profissionais credenciados e apenas 2.673 vinculados. Em março/20, no auge da pandemia, este número era de 10.195 credenciados e 7.687 vinculados.
Pouco mais de dois anos depois, estamos falando de mais de 20 mil profissionais credenciados.
Tamanha expansão, sem dúvidas, ocorre pelo surgimento das plataformas digitais, acesso a informação, democratização dos investimentos e influencers digitais.
Neste mesmo período, vimos ocorrer mudanças importantes na legislação. A principal delas e talvez a que mais passou despercebida, foi a mudança do nome de Agente Autônomo de Investimentos para Assessor de Investimentos.
Digo a principal, não pelo efeito de curto prazo, como foi o caso da redução em 80% da taxa, não mais trimestral da CVM. Mas principalmente, pelo que esta mudança quis dizer de forma sútil e não observada.
A mudança do nome veio para marcar a modernização do papel do Agente Autônomo que passou por tantas transformações desde o seu surgimento e transmitir ao cliente mais credibilidade, já que a palavra “autônomo” sugeria na ponta a falta de comprometimento, muitas vezes interpretada pelo cliente investidor.
Além disso, o fato deste profissional não mais apenas distribuir ativos financeiros, mas, apontar ao cliente outras soluções que vão além dos investimentos, caracteriza a extinção definitiva do AAI para marcar um novo momento que está por vir: A Revolução da Assessoria de Investimentos.
Entra em cena um profissional que seria equivalente ao AI 4.0. Não mais como Assessor de Investimentos como você conhece, mas como uma figura determinante na tomada de decisões dos seus clientes.
Eu falo mais sobre este novo profissional no meu Treinamento A Revolução, que vai ocorrer nos dias 24, 26 e 27 de outubro. Nestes dias, eu explico por qual motivo o que o Assessor fazia há 6 meses, já não funciona mais e apresento o novo modelo de prospecção dos próximos anos.
Se você tem problemas de prospecção de qualquer natureza e quer se preparar para o novo mercado que está se aproximando, recomendo fortemente estar presente neste treinamento. É gratuito e online e antecederá a última turma do PFA® que já vem toda reformulada para este novo momento. Espero você.
Roberta Santoro, Sócia Fundadora do Mercado IN Foco, criadora do PFA® – 21 anos de experiência no Mercado Financeiro, dos quais, 18 anos foram dedicados à área de investimentos nos segmentos de alta renda e wealth management e os últimos 10 anos, à liderança de profissionais destes segmentos.
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Leia a coluna Assessor de Sucesso por Roberta Santoro na edição 56 da revista CRC!News.