Muitos profissionais ainda acreditam que são as certificações que determinam quem ganha destaque no mercado financeiro e, por isso, investem em ter cada vez mais títulos, se dedicando sempre a próxima prova. Pensando nisso, escolhi continuar falando na #SaiaDaSuperfície sobre o que é realmente necessário para todos que atuam nesse segmento, com um olhar para além das certificações, fornecendo conteúdo de qualidade para aqueles que desejam ser profissionais completos e não apenas acumular títulos. O que a longo prazo pode ser mais cilada do que trazer resultado.
Calma… eu ainda vou falar sobre os tipos de certificações e a usabilidade de cada uma. Mas, além da aprovação em um exame, já vimos na coluna passada que uma carreira inabalável se constrói com o desenvolvimento das soft skills, qualidades que podem ser desenvolvidas a partir das nossas experiências e aperfeiçoadas com dedicação e estudo. Agora, eu te pergunto: depois de investir nessas habilidades, qual é o próximo passo para o seu reconhecimento e sucesso no mercado financeiro?
Fazendo uma analogia rápida: certificações são como passaportes, documentos obrigatórios (ou não) que permitem a sua entrada em outro país ou o acesso àquela fronteira. Entretanto, um passaporte não garante uma boa viagem, principalmente se você não tem roteiro, não conhece o mínimo necessário sobre o seu destino, não traça planos, não tem contato com a cultura local e não estuda os melhores meios para aproveitar ao máximo sua experiência.
Com as certificações é o mesmo paralelo. Um assessor de investimentos, por exemplo, deve por obrigação ter a certificação da Ancord para atuar, mas para melhorar o currículo também busca os títulos da CEA, da ANBIMA, o CFP, a CNPI. Outro modelo é um profissional com certificação Ancord, que não precisa de um título de crédito. Se você não souber qual caminho quer seguir ou planejar sua carreira, vai se tornar o que eu chamo de acumulador de certificações sem função e não vai focar no que realmente importa, o processo de aprendizagem de cada uma delas.
A certificação CNPI, por exemplo, é muito desejada pelo assessor de investimentos e, embora ele possa estudar, realizar a prova e ter esse título, não pode se credenciar como analista de valores mobiliários. Nesse caso, é mais importante para esse profissional ter conhecimento de contabilidade e dominar a demonstração de resultados para as empresas, do que se aprofundar no conhecimento que a CNPI traz.
Leia na íntegra a coluna #SaiaDaSuperfície por Tiago Feitosa, fundador da T2 Educação, na edição 39 da revista CRC!News.