Na semana, a nossa bolsa subiu 3,27%, conseguindo engatar uma sequência de 8 dias seguidos de alta.
Já dizia o poeta: “Quem não tem bolsa é maluco!”.
Destaque entre as principais bolsas do mundo, o Ibovespa vem mostrando força, empurrado pelo fluxo estrangeiro e essa retomada ainda pode estar só no começo.
Se o investidor pessoa física e o institucional (grandes fundos, sofrendo com os saques) continuam saindo da bolsa para aproveitar boas oportunidades em renda fixa, o investidor estrangeiro continua mandando o PIX para a B3, em busca de boas oportunidades e o Ibovespa agradece, que engata uma boa sequência de alta e já sobe 13,6% em 2022. Vale lembrar que só estamos em março ainda hein!
Em um ano que já começou com a expectativa baixa, com muita confusão política e eleições pela frente, esse resultado é surpreendente. Mas acreditamos que pode surpreender ainda mais e vou explicar o motivo.
Até aqui, quem aproveitou a nossa bolsa barata, com múltiplos, como preço/lucro projetado, nas mínimas históricas foi o investidor estrangeiro, que está com o saldo positivo em R$ 84,95 bilhões no ano, enquanto o investidor pessoa física, somado com o institucional, está com saldo vendedor de aproximadamente R$ 91 bilhões.
Mas Roberto Campos Neto, presidente do nosso banco central, afirmou essa semana que o ciclo de alta de juros pode ser encerrado em maio, na próxima da reunião do COPOM, e isso pode trazer de volta a atenção do investidor pessoa física para bolsa, que não terá mais as mesmas oportunidades em renda fixa por muito tempo (se o cenário do BC se concretizar, é claro).
Além disso, talvez o fluxo estrangeiro ainda tenha fôlego, já que a nossa bolsa continua descontada e atrativa, considerada até como uma das melhores opções entre os países emergentes hoje.
Por isso, podemos acreditar que ainda tem espaço para esse movimento de alta continuar, mesmo com os desafios que temos pela frente.
O cenário é desafiador mesmo… ainda tem uma guerra acontecendo na Europa, eleições e muitas incertezas, mas mantendo esses riscos no radar e dosando bem a mão, o risco x retorno segue atrativo.
Para ficar ainda melhor, o dólar segue em queda livre, oferecendo oportunidade para diversificar e reduzir seu risco colocando a moeda americana na sua carteira.
O dólar fechou a última sexta-feira cotado à R$ 4,7473 (acredite se quiser). Na semana, recuou 5,35%.
O Brasil virou uma Suíça? Óbvio que não… longe disso! É o fluxo estrangeiro mesmo, pesando sobre o câmbio, e como não sabemos até quando esse movimento vai continuar, aproveite enquanto é tempo.
Para semana que vem, podemos esperar mais volatilidade, com o investidor ainda de olho nos conflitos entre russos e ucranianos e uma agenda com dados importantes para acompanhar: Na segunda, começamos acompanhando o boletim focus, do banco central, que deve mostrar um reajuste na expectativa do mercado sobre os juros, inflação e câmbio.
Na terça-feira, CAGED, com dados sobre o mercado de trabalho no Brasil, ofertas de emprego nos Estados Unidos e estoques de petróleo bruto, entre os dados econômicos importantes para o dia.
Quarta-feira é dia de IGP-M, bom indicador sobre a nossa inflação e utilizado como referência para o reajuste dos aluguéis, tendo impacto também dos fundos imobiliários, consequentemente.
Às 09h15 saem dados sobre a variação de empregos no setor privado nos Estados Unidos, dados de março e 09h30 receberemos os dados sobre o PIB do 4ºTri, também nos Estados Unidos.
Na sexta, fechamos a semana com o Payroll, que tem tudo para ser o evento mais importante da semana, já que traz um raio-X sobre o mercado de trabalho nos Estados unidos, com detalhes sobre taxa de desemprego, horas trabalhadas, salário médio e muito mais, então é bom apertar os cintos e colocar o despertador no relógio para às 09h30.
Não esqueça também de Brasília. Com as eleições cada vez mais perto, não podemos deixar de acompanhar tudo o que acontece por lá, já que tem potencial para mudar tudo e mandar todo esse otimismo para bem longe daqui.
Vamos acompanhar, meus amigos! Desejo uma excelente semana para vocês e bons negócios!
