O mercado financeiro pode parecer complicado num primeiro momento, principalmente para aqueles que o estão observando de fora, sem conviver nesse espaço dia após dia. Profissionais que trabalham com negociações, corretoras, investidores e clientes precisam estar atentos às transformações da área e estudá-la sempre que possível, porque é o seu domínio de conhecimento que te posiciona de maneira segura e faz com que você ganhe relevância, seja atuando sozinho ou em conjunto com as instituições financeiras.
Muito além de desenvolver suas soft skills, ter sucesso na captação de clientes ou possuir certificações necessárias que deem aderência à sua área e forma de trabalho, é importante saber o básico, ou seja, em qual ambiente você está negociando produtos de investimentos para seus clientes. Na #SaiaDaSuperfície dessa semana resolvi falar mais sobre a B3, constantemente presente nas transações do mercado.
A B3 nada mais é do que a Bolsa de Valores, ou, em sua definição mais utilizada, ambiente de negociação de valores mobiliários. Economicamente esse espaço sempre existiu, mas foi evoluindo de acordo com a necessidade e transformações, tecnológicas e comportamentais, da sociedade. Então, nesse local já foram negociadas ações ao portador, conhecidas antigamente como cautelas de papel, passando pelos grandes pregões viva voz com corretores aos gritos, chegando em como funciona hoje, de maneira eletrônica, disponível de qualquer lugar desde que haja conexão com a internet.
Embora não seja um local físico e sim digital, o sistema utilizado torna disponível e visível todas as informações de compra e venda aos investidores que, quando conectados, têm acesso ao sistema. Vale lembrar que esse processo dá mais agilidade e transparência às transações, já que todos os participantes do mercado conseguem enxergar as negociações e compreender para onde está caminhando o preço das ações, além de ser mais seguro, onde a compra e a venda de qualquer ativo são realizadas em um só lugar.
Na B3 são negociadas ações de empresas, contratos de derivativos, cotas de fundos de investimentos, contratos de ouro, entre outras coisas. A Bolsa também cuida do BSM, que é o processo de supervisão do mercado e autoregulação, e é responsável por gerir o Clearing House, sistema criado para viabilizar a relação entre compradores e vendedores, possibilitando o sistema de pagamentos brasileiro.
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Quem tem acesso ao sistema da B3 são as instituições financeiras, que podem ser corretoras ou distribuidoras de títulos mobiliários, e não o cliente final. A negociação funciona da seguinte maneira: o investidor que quer vender uma ação ou título informa essa decisão (com preço) para as instituições que comunicam a abertura dessa transação na Bolsa de Valores, fazendo o mesmo caminho para aqueles que desejam comprar. Todo investidor deve ter contrato com uma instituição financeira porque sem ela, não há acesso a nada. É exatamente por isso que as corretoras estão cada vez mais à procura de assessor de investimentos para suprir a demanda.
A Bolsa de Valores é uma instituição privada, sem fins lucrativos, supervisionada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Uma curiosidade é que por ela ser uma Sociedade Anônima, você pode negociar ações da própria B3 e virar um sócio, por exemplo.
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Tiago Feitosa é matemático, pós-graduado em Negócios Bancários pela FAAP e professor fundador da T2 EDUCAÇÃO, escola voltada para a educação e formação de profissionais de mercado financeiro. Tiago já preparou mais de 70 mil alunos para os exames de certificação ANBIMA e Ancord, e possui certificação CEA, AAI, CFP®, CNPI e CFG. Em sua coluna #SaiadaSuperficie ele abordará dicas, análises e discussões importantes para os profissionais que já atuam ou querem construir uma carreira de sucesso inabalável no mercado financeiro.
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Leia na íntegra a coluna #SaiaDaSuperfície por Tiago Feitosa, fundador da T2 Educação, na edição 49 da revista CRC!News.