Os mineiros são desconfiados, e isso todo o Brasil sabe. Negociar com eles é mesmo uma arte, o fechamento da venda só vem depois de muito questionamento. E essa desconfiança é peculiar, pois envolve a família, os “parentes”, os amigos e, sobretudo, os negócios.
E a este respeito, Minas corre o risco de ser um dos últimos estados a adotar a cultura de investimentos (em ativos, títulos e valores mobiliários), e isso em razão de dois motivos: O primeiro deles já foi citado: o mineiro desconfia de (quase) tudo!
“É preciso que o agente autônomo de investimentos, consultor de valores ou administrador de carteira explique com detalhes: o que ele faz, como ele faz, como ganha dinheiro, e como ele pode ajudar caso o mineiro esteja em uma situação delicada, como situações de conflito de interesses e ou falhas nos sistemas da corretora.”
O segundo motivo está relacionado ao risco da cultura empresarial do mineiro, que é (quase) toda interligada ao agronegócio. E aqui, não falo somente das fazendas que produzem leite, café, soja, etc. Falo também da indústria de adubo, das empresas de tecnologia para o agronegócio (as chamas agrotechs), as empresas de locação de equipamento e construção civil e todas as outras que se relacionam, direta ou indiretamente, com o agrobusiness.
Neste segmento, não basta a melhor análise técnica ou grafista, o melhor consultor empresarial do Brasil, o melhor empreendedor ou o funcionário perfeito: se o tempo estiver ruim, todo o negócio desequilibra, bem como a cadeia de produção e pagamento.
Leia na íntegra a coluna Regulação, compliance e planejamento por Vívian Costa Marques na edição 28 da revista CRC!News.