Seu interesse por este título ocorre porque nós seres humanos evoluímos para querermos sempre mais, o mais rápido possível, estocar gordura não saudável para tempos difíceis de estiagem e escassez.
O detalhe é que não estamos mais no período paleolítico (10.000 anos atrás), evoluímos para uma sociedade complexa, ambígua com muitos pesos e contra pesos, assim como, os escritórios de assessoria de investimentos que também não são mais os mesmos.
Sim, existem escritórios que pagam 90% de repasse e nós temos 5 parceiros que praticam esse percentual e alguns outros que estão abertos a negociar, mas isto é certo ou errado?
Sinceramente, eu vejo ser uma estratégia atraente para um tipo de profissional e por este motivo acredito que é completamente válido praticar este repasse caso o escritório tenha consciência sobre que tipo de profissional está atraindo.
Antes de falar de 90% de repasse não adianta querer isto e ainda querer, marca forte que se venda sozinha, salário fixo, mesas proprietárias diversas, inteligência de research, leads ultra qualificados com inteligência de marketing, publicidade e pré vendas que lhe entregam um lead com liquidez para investir mais de R$ 300k, equipe de expansão e gestão com habilidades para fazer o escritório suprimir churn natural de pessoas e clientes, estrutura de PJ2 robusta que atende o escritório e seus clientes internos e externos em 361º, partnership super acessível, com valuation não inflado e sem Q.I., possibilidade de ter sua própria filial, processos estáveis com pitadas de inovação que há anos demonstrem coerência em um projeto de longo prazo, estrutura física private em área nobre de sua cidade com adega de vinhos climatizada e chef de cozinha para jantares sofisticados com seus clientes, etc.
Tudo acima custa dinheiro, muito dinheiro e não tem como ter tudo simultaneamente aos 90% de repasse. Além do já supracitado, é importante ter consciência que repasse simplesmente por repasse não garante mais dinheiro no bolso do assessor, vamos entender um pouco mais…
Existe antes do % de repasse a variável corretora a qual o escritório está vinculado, as maiores corretoras normalmente vão direcionar menos repasse ao escritório e isto é completamente justo por possuírem mais custos para subsidiar o sucesso de seus canais indiretos, depois existe a variável impostos que quanto maior é faturamento do escritório maior tende a ser a alíquota de impostos, depois tem a questão de perfil de alocação do escritório, assessor e clientes que aumentam ou não o ROA, a divisão com áreas especializadas também é um fator considerável a ser analisado e por último mas não menos importante entra a relação de repasse entre escritório e assessor.
Leia na íntegra o texto publicado na coluna O match E x T raordinário! por Walas Lopes na edição 41 da revista CRC!News.