Poucas pessoas discordariam que a tecnologia é decisiva para o crescimento de assessorias de investimentos, consultorias de valores mobiliários e administradores de carteiras ou family office – isto é, os escritórios de investimentos. Mas é preciso falar sobre o desenvolvimento dessa relação, que considero estar em estágio embrionário.
Inicialmente, tínhamos a falsa percepção de que a tecnologia dominaria todas as etapas das operações. É só lembrar da febre dos robôs-advisors e das plataformas de investimentos “self-services”.
Hoje percebemos que, diferente de outras indústrias, na cadeia de distribuição de investimentos a tecnologia é um meio, não um fim.
Nos escritórios de investimentos, ela tem um papel fundamental na construção de um elemento que torna mais produtivas as relações entre o profissional e seu cliente: o storytelling.
O storytelling é determinante para o sucesso ou fracasso de um profissional que auxilia seus clientes na gestão de seus investimentos. Ajudar os clientes a navegar as incertezas e flutuações do mercado e educá-los sobre suas implicações faz parte da missão do ofício. E, nesse sentido, quanto mais tempestivas e precisas as informações, maior confiança se transmite através do conhecimento. No fim do dia, o mercado de investimentos se faz, também, de histórias.
Entretanto, a enorme quantidade de informações disponíveis hoje pode levar a aprofundamentos errôneos. Quer dizer, é ótimo que hoje haja informação sobre tudo, mas é melhor ainda que se saiba usar toda a informação de maneira inteligente e eficiente.
Para que isso aconteça, a curadoria de informações é fundamental. Os escritórios de investimentos têm a obrigação de levar aos seus clientes uma história pautada em dados, que contemple o cenário econômico e os movimentos do mercado, e conectada com as necessidades específicas de seus clientes.
Em outros termos: a informação é necessária para educar o cliente e consequentemente vender e reter mais.
Nesse jogo, a tecnologia entra em cena através de ferramentas como o GorilaFLOW, que otimiza o consumo de informação de maneira descentralizada e torna robusto o processo de análise de dados através de múltiplos recursos. À medida que o tempo avança, os escritórios que conseguirem utilizar a tecnologia a serviço de evoluir a experiência do cliente terão maior capacidade de escalar e reter, tornando-se mais influentes na cadeia de distribuição.
Texto publicado por Guilherme Miziara em seu perfil do Linkedin.
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