Da Redação.
Com pouco mais de um ano de operação, a BEE4, primeiro mercado regulado do Brasil para negociação de ações tokenizadas de PMEs, caminha para um momento-chave, com o anúncio das primeiras corretoras que irão se conectar ao seu ecossistema: Itaú e Genial Investimentos.
As instituições devem iniciar a distribuição de IPOs nos próximos meses, enquanto trabalham nos processos para viabilizar as negociações no secundário no início de 2024, e assim abrir aos seus clientes a possibilidade de negociar ações de empresas com alto potencial de crescimento. Com esse movimento, a BEE4 começa a acelerar o desenvolvimento do mercado de acesso no país, viabilizando a listagem de mais empresas com faturamento anual de até R$300 milhões, e proporcionando mais oportunidades para investidores e empresários.
Complementares.
As duas corretoras vão atuar com perfis de investidores diferentes, porém complementares. Itaú vai abrir a negociação para seus clientes Private (com mais de R$15 milhões em investimentos), enquanto a Genial Investimentos pretende focar no varejo.
“Iniciar essa nova fase com Itaú e Genial, duas corretoras de peso, é uma grande conquista para nós, e a combinação foi a melhor possível: o maior banco brasileiro, uma potência em diversos segmentos de atuação, e uma das mais inovadoras plataformas de investimento do país. Além disso, são instituições que estão na vanguarda do mercado com iniciativas utilizando blockchain, assim como a BEE4”, define Patricia Stille, CEO da BEE4.
“A Itaú Digital Assets vem dando passos audaciosos para se tornar um dos principais players locais de custódia digital e desenvolver o mercado de criptoativos, a Genial Investimentos é tradicionalmente um early adopter de soluções financeiras e tecnologias disruptivas, e ambos são participantes no piloto do DREX do Banco Central do Brasil (BC). Isso tudo é fundamental para nós, uma vez que parte do projeto é que essas instituições passem a integrar a rede DLT da BEE4”, completa Stille.
Estratégia.
“O projeto da Itaú Corretora com a BEE4 representa mais um avanço estratégico da Itaú Digital Assets no mercado de tokenização brasileiro, ampliando as oportunidades para os clientes do banco nesse ecossistema. Além disso, a iniciativa se conecta ao nosso compromisso em ser agente ativo e propositivo nas evoluções tecnológicas e regulatórias, com olhar no futuro das finanças e focados na segurança e experiência do cliente dentro do mundo de ativos digitais”, afirma Guto Antunes, head da Itaú Digital Assets.
Para Bruno Bandiera, Banker de Digital Assets e inovação da Genial, o grupo tem se destacado ao disponibilizar uma variedade de ferramentas baseadas em tecnologia e inovação para atender às demandas dos seus clientes, se posicionando como pioneiro nessas iniciativas no mercado de investimentos. “A Genial, por todo seu histórico, tem uma veia inovadora, e nosso modelo de plataforma aberta nos permite introduzir a BEE4 tanto para viabilizar a abertura de capital de empresas, quanto para permitir mais uma alternativa para investidores”, explica Bandiera.
“Sabemos que, do lado do público final, existe interesse por uma variedade de ativos. Por isso, entendemos que faz sentido disponibilizar a negociação de empresas listadas na BEE4 e avaliar como será o apetite desses clientes. Paralelamente, estamos empenhados em implementar soluções que façam uso da tecnologia DLT, reconhecendo seu potencial para a evolução do mercado financeiro nos próximos anos”, completa o executivo da Genial Investimentos.
Nova Marca.
Com as duas primeiras corretoras, a Beegin, plataforma que foi autorizada pela CVM a atuar como primeiro intermediário conectado, terá sua carteira de clientes migrada para a Genial Investimentos. “Os clientes já estão sendo comunicados da mudança, com todas as orientações para que continuem acessando o mercado da BEE4 normalmente. A Beegin segue responsável pela estruturação das ofertas públicas, mas logo terá uma nova marca, a BEE4 IPO”, acrescenta Stille.
Para Caio Azevedo, Sócio e Diretor Comercial da BEE4, a entrada das corretoras será um ‘game changer’ para a BEE4. “Aumentando o número de empresas listadas, casas de research passam a cobrir nossos ativos, o ganho de visibilidade atrai mais investidores e mecanismos de market making gradualmente se tornam viáveis. Assim, vamos trazendo para esse novo segmento, mecanismos já largamente utilizados em mercados tradicionais. A proposta é ampliar a capacidade de colocação de ofertas e ampliar o volume negociado no secundário, proporcionando oportunidades reais para investidores e uma solução efetiva para empresários”, avalia o executivo.
“Habilitar grandes corretoras significa interagir com diferentes áreas nessas instituições, responsáveis por processos que vão desde o cadastro de investidores, compliance pré trading, registro de ofertas, confirmação dos trades realizados, conciliações, até o efetivo controle de posições. Um projeto desse porte não é trivial. Partir de duas corretoras tão relevantes já na largada prepara a BEE4 para plugar mais facilmente nos players que virão a seguir. Nosso foco hoje, e dos anos que estão por vir, é a construção de um ecossistema robusto para impulsionar o desenvolvimento do mercado de acesso brasileiro. E este é mais um passo nesta direção”, complementa Patricia Stille
Sobre a BEE4.
Autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no âmbito do sandbox regulatório, a BEE4 está entre as primeiras iniciativas do mundo a utilizar Blockchain em infraestrutura de mercado regulado, e é pioneira em um movimento que tem potencial para ser transformacional para a indústria financeira brasileira. A BEE4 é o primeiro mercado autorizado a negociar ações tokenizadas no país e tem foco no segmento de PMEs. Os ativos das empresas listadas são representados por tokens e registrados nas carteiras digitais (wallets) dos investidores. Esse novo mercado é controlado pelo grupo Solum, em parceria com a Núclea.
Para as empresas, que se comprometem a adotar boas práticas de governança e transparência, a BEE4 é uma nova alternativa de financiamento, que também proporciona maior visibilidade das companhias listadas no mercado de capitais. Para os investidores, o acesso para participar de IPOs e negociar ativos de empresas que estão crescendo, inovando em seus mercados, buscando transformação e olhando para o futuro. Para o país, a BEE4 impulsiona o desenvolvimento econômico ao fortalecer empresas brasileiras promissoras, contribuindo para geração de mais empregos e crescimento.