Investimentos em ativos descorrelacionados em moeda forte e em uma jurisdição mais segura compensam possíveis custos adicionais, diz especialista da Blue3
Diante de incertezas internas nos cenários político e econômico, o interesse de brasileiros pelos investimentos internacionais deverá continuar elevado com a proximidade das eleições de 2022. Essa é a avaliação de Thiago Nemézio, estrategista-chefe da Blue3, escritório de agentes autônomos plugado à corretora XP.
“Esse movimento tem sido cíclico nas últimas disputas presidenciais, mas acreditamos que virá mais forte”, prevê o especialista.
Ele recomenda investimentos em ativos financeiros externos em qualquer época, independentemente da atual conjuntura interna, de dólar elevado e de crises política e econômica.
Sem entrar no mérito de que a legislação brasileira dificulta negócios de AAIs no exterior, Nemézio menciona que o Brasil representa apenas uma fração do portfólio da economia global.
“Percebemos que o brasileiro, mesmo aqueles de patrimônio maior, tem um viés muito grande em ativos domésticos. Isso é ruim para diversificação”, disse ele, sem citar dados. “Fazer aportes recorrentes tira do investidor a necessidade de acertar o timming de mercado, o que é muito difícil”, disse ele, sem citar dados.
Relação custo-benefício
Segundo Nemézio, os investimentos internacionais costumam ter um custo maior para o investidor estrangeiro, tanto em taxas como na tributação. Ele avalia, porém, que a vantagem de investir em ativos “descorrelacionados em moeda forte e em uma jurisdição mais segura compensam os possíveis custos adicionais.”
A taxação varia de acordo com cada país. Nos EUA, por exemplo, a incidência da alíquota é estimada em 30% sobre dividendos.
Confira a íntegra na revista CRC!News desta semana.