Conhecidas por seu DNA digital e interesse por inovação, a Ável Investimentos e a Suno unem forças para colocar no mercado um novo fundo de ações (FIA), o Suno FIC FIA. Marcelo Cincão, sócio fundador da Ável, conta que a ideia partiu de conversas entre as duas empresas sobre como levar algo diferente para o mercado e que, ao mesmo tempo, democratize o acesso a investimentos.
Após olharem para diferentes classes de ativos, as empresas consideraram o momento da bolsa à época do planejamento antes de baterem o martelo. “De forma geral, quem comprar bolsa hoje deve ganhar dinheiro a longo prazo”, conta Marcelo em conversa com a CRC!News. O assessor não descarta, porém, a possibilidade de lançar outros tipos de fundo no futuro.
O portfólio foi construído de maneira a priorizar a diversificação, mesclando quatro tipos de empresas: aquelas com boas oportunidades de valorização, firmas pagadoras de bons dividendos, small caps e corporações internacionais. “Tudo passa pela análise fundamentalista, sempre visando médio e longo prazo”, explica Marcelo.
O tíquete de entrada do SUNO FIA FIC é de R$100, pois a ideia é democratizar o acesso do público ao mercado de renda variável, Cincão considera que a taxa de juros elevada é um dos fatores que fazem com que o Brasil tenha um número reduzido de investidores na bolsa quando comparado a outros países. O assessor aponta ainda como barreiras a baixa educação financeira e acesso.
O fundo de ações ficou disponível exclusivamente para clientes Ável durante duas semanas e estreou para o público geral no início de julho. No primeiro momento, a maior procura vem de investidores que buscam facilitar a diversificação da carteira. Além disso, Marcelo acredita que a autoridade da Suno no segmento ajuda a dar segurança para muitos clientes.
Marcelo destaca como uma vantagem do fundo o grupo de empresas internacionais contemplado. Apesar do crescimento do interesse de investidores brasileiros por empresas estrangeiras, eles ainda sofrem com a falta de informação, e iniciativas como essa podem facilitar um primeiro contato com o mercado internacional. “Existe dificuldade em acessar informação, saber a realidade tributária e como funciona a empresa lá fora. Às vezes não temos nem acesso aos produtos”, explica.
O fundo Suno FIC FIA estará disponível para clientes de outras plataformas além da XP, corretora à qual a Ável é associada. O produto possui taxa de administração de 2% a.a, taxa de performance de 20% do que exceder o Ibovespa e não cobra taxas de entrada e saída.