Fonte B3
A partir de terça-feira, passam a ser negociados na B3 16 novos BDRs, ou Cerificados de Depósitos de Ações, que abrem caminho para o investidor pessoa física investir em empresas listadas nas bolsas de Londres (London Stock Exchange), do Canadá (Toronto Stock Exchange) e de Amsterdam (Euronext). Esses são os primeiros BDRs atrelados a esses mercados listados na bolsa brasileira.
Com o banco Bradesco como depositário das ações, ou seja, detentor dos papeis, a lista conta com empresas como Heineken, London Stock Exchange Group e Thomson Reuters Corporation.
Hoje a B3 possui 827 BDRs listados, sendo as principais concentrações nos Estados Unidos, com 671 ativos, seguido do Reino Unido, com 28, e Canadá, com 21. Os demais BDRs estão divididos entre países da América Latina, Europa e Ásia.
“Com os novos produtos, aumentam as possibilidades de diversificação da carteira dos investidores, sejam através de moedas, regiões ou setores”, explica Marcos Skistymas, superintendente de Produtos de Equities, Juros e Moedas da B3.
Os BDRs foram os ativos de renda variável que mais cresceram, em relação ao número de pessoas físicas, no último trimestre de 2021. Com um aumento de 994%, quando comparado ao mesmo período de 2020, eles chegaram à marca de 1.4 milhão de investidores.
Os Brazilian Depositary Recipts (BDRs) estão disponíveis para a pessoa física na B3 desde outubro de 2020, quando a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) flexibilizou a regra de acesso ao produto. Emitidos no Brasil por instituições depositárias (bancos ou corretoras), eles possuem lastro em ativos listados fora do país, como ações de empresas e ETFs. Essa modalidade de produto facilita o investimento em ativos estrangeiros sem a necessidade de abrir conta fora do país, possibilitando ao investidor diversificar suas aplicações com menos burocracia.