Por Viviane Monteiro e Erich Decat
Hoje o cliente pode fazer a portabilidade de crédito, previdência privada e de celular graças ao avanço da tecnologia que deve acelerar em razão da revolução digital. Esse serviço, porém, ainda não deslanchou entre as plataformas de investimentos diante da resistência de grandes corretoras que se recusam a atender pedidos de clientes. “Existe uma briga pela liderança de mercado”, analisa o fundador do escritório de agentes autônomos EQI Investimentos, Juliano Custodio que aguarda decisão do Banco Central para atuar como corretora.
Para ele, o Open Banking poderá acelerar o serviço de portabilidade de ativos entre as corretoras, mas ainda não há um horizonte de quando isso poderá acontecer. “Com o Open Banking o jogo ficará mais claro. Poderemos ver o extrato da conta do cliente e acessar todos os dados”, exemplifica. “Hoje a transferência da grana dos clientes depende da boa fé da instituição financeira que está perdendo os recursos”, acrescentou Custodio.
A primeira iniciativa da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para estimular a portabilidade de custódia de ativos das corretoras ocorreu em 2013, pela Instrução CVM nº 542/13, proposta reforçada em 2019 quando avisou que as corretoras deveriam facilitar o envio de documentos por meio digital e efetivar a transferência em até 48 horas (dois dias úteis).
Custodio lembrou da queda-de-braço que teve com a XP, quando saiu da corretora e montou uma sociedade com o BTG Pactual. Embora tenha conseguido fazer a portabilidade de 80% dos clientes para o EQI criticou a morosidade e a burocracia desse serviço.
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