Os irmãos Marcelo e Pedro Cerize, ex-sócios na gestora Skopos e da casa de análise Inv, lançam no próximo dia 9 na B3, a corretora Lev. Na ocasião, será realizado o tradicional toque de campainha que oficializa as atividades na bolsa.
A Lev é uma corretora criada do zero, cujo objetivo é atender investidores institucionais, que necessitam de um atendimento diferenciado, rápido e que não seja restrito apenas à pessoa física, como tem sido o foco do mercado ultimamente.
“Em 2020, no meio da pandemia (de COVID-19), o mercado não estava preparado para fazer home office. Sentimos uma deficiência de tecnologia no mercado. Então, surgiu a ideia de criar uma corretora totalente tecnológica, para atender o gestor da maneira que ele deve ser atendido”, afirma um dos criadores, Marcelo Cerize, à CRC!News.
Flexibilidade
A LEV desponta com cerca de R$ 21 milhões de investimentos próprios. Cerize ainda diz que a criação de uma corretora do zero, o permitiu ter mais flexibilidade em alguns pontos. Por exemplo, a Lev é uma das poucas corretoras do Brasil que tem a estrutura dentro do site principal de operação da bolsa. Isso dá uma estabilidade e agilidade ao cliente.
Com algoritmos proprietários, sistemas de automação e uma prestação única de serviços, a LEV consegue reduzir os custos dos investidores institucionais e permitir que eles possam operar volumes menores enquanto perdurar esta fase de baixa exposição à renda variável da indústria de fundos. Dessa forma, a corretora visa construir parcerias de longo prazo e uma base de clientes cativos para o momento em que ocorrer uma mudança de cenário.
“Oferecemos um sistema rápido, com baixíssima latência e resiliente”, destaca.
R$ 600 milhões
A tecnologia será construída 100% na nuvem, com um custo operacional pequeno, o que vai possibilitar que a DTVM seja competitiva na corretagem para os institucionais. As operações começam com 20 clientes e expectativa de transacionar, no primeiro mês, cerca de R$ 2 bilhões no mercado à vista, e aproximadamente 500 mil contratos no mercado futuro.
Para Cerize, a “cereja do bolo” é que, se em dois anos a empresa conseguir 5% de market share, ele poderá economizar R$ 600 milhões de reais para o cliente. Sobre os clientes, investidores institucionais e não pessoas físicas, Cerize destacou que se trata de um cliente mais volátil.
“É um mercado mais resiliente. Independente do que aconteça, esses operadores vão continuar operando”, afirmou.
Nos planos da companhia ainda está a proposta de oferecer uma “corretora como serviço” para assessores de investimento, mas somente a partir do segundo semestre de 2023. Assim, afirma Cerize, cada assessor ou escritório plugado à LEV poderá oferecer um home broker personalizado para seus clientes, sem contratos de exclusividade e com custos mais baixos de operação.
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