No início do mês, a privatização da Eletrobrás movimentou o mercado de investimentos do país. Ao permitir que trabalhadores usassem até 50% do FGTS na operação, um grande número de pessoas manifestou interesse em participar, gerando uma competição entre os fundos mútuos de privatização (FMP) criados durante o processo para atrair esses investidores. E dentre os escritórios plugados à XP, a InvestSmart foi quem se saiu melhor, liderando o ranking de cotas com um volume de R$79 milhões em reservas.
Para Walter Fogolin, head de fundos da InvestSmart, o grande mérito da empresa foi conseguir se adaptar rapidamente ao processo e oferecer o suporte que o cliente precisava para finalizar a operação.
“A distribuição para os bancos e corretoras se deu de forma muito rápida, e o uso do FTGS foi um desafio, pois se trata de algo que foge do convencional. A pessoa precisava fazer o download do app da Caixa, fazer um cadastro na plataforma, liberar os valores do fundo, escolher a corretora e fazer o pedido. Então muitos tiveram dificuldade em uma ou mais etapas”, afirma em entrevista à CRC!News.
Para auxiliar os investidores e reduzir ao máximo a taxa de desistências, a InvestSmart criou materiais de apoio. Dentre eles, estavam cards de WhatsApp e redes sociais e um vídeo explicativo com o passo a passo para o cliente conseguir efetivar sua reserva no FMP.
“O FGTS é algo que as pessoas sabem que existe, mas não têm muita ideia de como funciona. Então tudo começou com a estruturação do conteúdo informativo. Nossa equipe de assessores foi orientada a acompanhar de perto os pedidos, ajudando a resolver problemas e explicando quais eram as próximas etapas. O prazo era muito curto. Se desse algum erro e o cliente ficasse desassistido, o índice de sucesso seria bem menor”, afirma.
Grandes desafios
De acordo com Fogolin, um dos desafios além do tempo escasso para estruturar a oferta foi ter de lidar com a alta procura dos investidores. “O mercado abraçou a ideia. Quando a Selic estava 2%, ficar com o fundo de garantia rendendo 3% ao ano mais taxa referencial era ótimo. Mas com os juros a 13,25%, vincular esse capital a uma empresa consolidada e com bons resultados passa a ser muito mais negócio”, afirma.
Outro dificultador foi a falta de referências no passado. Além de outros processos de privatização terem se dado muitos anos atrás, quando boa parte dos assessores sequer estava na ativa, o mercado mudou muito desde então. “Participei do da Vale enquanto cliente. Na época, muita coisa ainda era feita no papel. Dessa vez, foi algo totalmente diferente, então mesmo quem participou lá atrás não conseguiu aproveitar essa experiência. Tivemos de fazer tudo do zero, foi um grande aprendizado”, aponta.
Segundo o head de fundos, o grande legado que a InvestSmart leva da liderança do processo de privatização da Eletrobrás pela rede XP é a valorização do preparo dos seus assessores. “Quando se disponibiliza informações e prepara o time, tudo fica muito mais simples. Temos 70 filiais pelo Brasil e mais 70 mil clientes, e conseguimos mostrar, ao longo do processo, que somos capazes de estar ao lado deles para ajudar no momento em que mais precisam. Esperamos que isso impacte na percepção de valor da empresa e da qualidade dos nossos serviços, gerando oportunidades de futuros aportes e indicações”, completa.
Leia mais notícias do setor na Revista CRC!News, matéria publicada na edição 39.