Diante da agitação dos mercados em decorrência da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, muito se pergunta entre os investidores brasileiros se, mesmo com um cenário caótico, ainda vale a pena investir seu dinheiro no exterior.
Para descobrir, a CRC!News conversou com alguns profissionais do mercado financeiro para entender quais são os pontos positivos e os de atenção na hora de alocar parte dos investimentos em ativos financeiros internacionais.
Uma das primeiras coisas que o investidor deve ter em mente é a diversificação da carteira de produtos financeiros. Ou seja, da mesma forma que diversifica os ativos brasileiros, é importante alocar alguma porcentagem dos recursos em ações no exterior. Assim pode reduzir o risco interno que vem se agravando pelas incertezas do mercado sobre a saúde das contas públicas em ano eleitoral.
Para profissionais do mercado financeiro, a constante crise político-econômica nacional torna o mercado volátil e, ao mesmo tempo, dificulta potenciais ganhos no mercado de capitais.
Para equilibrar as contas, o estrategista da Avenue Securities, Guilherme Zanin, aconselha investir no exterior: “É quase uma obrigação o investidor brasileiro ter um percentual da sua carteira focado no mercado internacional, porque os investimentos, principalmente nos EUA, são estruturais e de empresas centenárias presentes na maior economia do mundo.”
Os EUA possuem o maior mercado de capitais do planeta, onde pessoas do mundo inteiro conseguem investir em ações de empresas como Disney, Amazon, Apple, Facebook e outras. Ou seja, empresas consolidadas que apresentam pouco risco ao investidor.
“Investir em uma outra moeda mais valorizada do que o real, seja em dólar ou euro, traz retornos ainda maiores, porque quando você vai investir fora do país precisa converter no dinheiro do país que está investindo e, tudo o que ganhar com ela, será ainda mais valioso”, explicou a Cláudia Mekler, especialista em offshore. “É essencial para proteção dos recursos, planejamentos de longo prazo com educação, viagens e aposentadoria”, finalizou.
O ponto de atenção fica por conta de “como investir”. É necessário ter conhecimento no mercado internacional e saber como funciona, de fato, já que, hoje, o assessor de investimentos no Brasil não é autorizado a exercer essa função no mercado internacional. Ou seja, pela legislação vigente, o serviço de assessoria de investimento ao cliente é restrita ao mercado interno.
Nesse caso, o cliente interessado em aplicar no exterior é obrigado a procurar uma corretora internacional que tenha plataforma de investimentos e que permita o brasileiro abrir uma conta e ter acesso aos mercados americano, europeu ou asiático, por exemplo.
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