Na lista dos principais escritórios de investimentos do país, a Monte Bravo, plugada à XP, viu o volume de exposição no exterior saltar de 5 para 20% nos últimos 18 meses. Em conversa com a CRC!News, Rodrigo Franchini, sócio e head de produtos da Monte Bravo explicou os motivos do crescimento e elucidou os principais desafios para se investir em outros países.
Confira a seguir os principais trechos da entrevista
Como a Monte Bravo tem trabalhado com os investimentos no exterior?
Nós aqui temos uma dinâmica muito assertiva porque o próprio brasileiro começou a aceitar mais esse tipo de investimento e vem procurando por isso. Ouso dizer que nos últimos 18 meses saímos de uma escala de 3 a 5% na carteira para algo em torno de 15 a 20% da carteira do nosso cliente, neste tipo de exposição internacional. Ou seja, vem crescendo bastante e vem ganhando muito corpo nesse início de 2022, em razão das eleições. Tem muitos brasileiros com medo do que está por vir, o que é normal em todas prévias eleitorais.
Em que momento a Monte Bravo começou a identificar uma busca maior dos clientes por investimentos no exterior?
A busca por esse tipo de ativo cresceu muito desde 2019. Dai, veio a pandemia, viu se que o Brasil é mais suscetível às volatilidades globais, consequentemente, houve um novo aumento da busca por ativos estrangeiros. É válido ressaltar que o brasileiro até 2018 só conseguia aplicar, basicamente, no Brasil. Quando ele tentava fazer uma alocação externa se via em meio a um labirinto burocrático gigante. Ele tinha que abrir uma conta lá fora, se fosse especificamente nos Estados Unidos, ele precisava ter residência aqui e recolher imposto sobre essa transação lá fora. Então, era uma burocracia grande, precisava de uma ajuda de consultoria. Ou seja, havia um custo grande de manter a conta, para fazer a aplicação, o custo da consultoria. Não era algo muito acessível porque não tinha veículo no Brasil que facilitasse essa alocação no exterior.
Confira a entrevista completa na revista desta semana.