A EQI Investimentos criou uma incubadora de gestoras de recursos para auxiliar no crescimento de empresas de asset management de pequeno e de médio porte.
A ideia de Ettore Marchetti, CEO da EQI Asset e chairman do projeto da EQI Tech, como foi batizada a incubadora, é atrair empresas com patrimônio de até R$ 150 milhões e que precisam ganhar musculatura para passar a barreira dos R$ 200 milhões a R$ 300 milhões, que pode torná-las competitivas.
O modelo da EQI Tech baseia-se em oferecer toda a estrutura de back office, incluindo gestão de risco de estratégicas de marketing, em troca de uma participação de de 20% a 30% nas assets. “É um custo e uma estrutura importante para quem está começando e que nós já dominamos”, afirma Marchetti.
Para tocar o projeto, a EQI trouxe o Victor Uébe, um dos fundadores de Leblon Equity e ex-CFO do grupo Kraft Heinz. Uébe é quem analisa as estratégias dos potenciais sócios e quem decide quais projetos serão acelerados. “Não estamos inventando a roda. Estamos aproveitando recursos e expertise que nós temos com talento e vontade de empreender de pessoas que estão começando seus negócios”, diz Uébe.
As dificuldades enfrentadas por muitas assets durante 2021 pode ajudar o negócio a crescer mais rápido. “Houve muita volatilidade e algumas empresas diminuíram, mas tem potencial para voltar”, afirma Marchetti. O plano da EQI Tech é reunir uma dezena de assets até o fim deste ano e chegar a um patrimônio conjunto de R$ 2 bilhões em 18 meses, fazendo com que a captação das incubadas triplique no período.
Enquanto Uébe toca o dia a dia da EQI Tech, Marchetti permanece à frente dos negócios da EQI Asset, que tem hoje R$ 1,8 bilhão sob gestão. “Não há nenhuma relação entre os dois projetos. As estratégias são definidas de forma independente.”
Até agora a EQI Tech vinha sendo tratada como um projeto piloto e tem conversas avançadas com algumas gestoras que devem ser efetivadas nos próximos dias. Com a formalização do negócio, a expectativa é de que a plataforma cresça rapidamente.