Com participação inferior a 5% na distribuição de fundos de investimentos para Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPCs), a BB DTVM inicia parcerias com escritórios de assessores de investimentos e quer quadruplicar para cerca de 20% a participação nesse mercado nos próximos anos.
Com o estímulo dessas parcerias, a instituição prevê que no curtíssimo prazo deverá elevar em até R$ 250 milhões as captações em previdência privada.
A BB DTVM, maior gestora de recursos do País, detém hoje R$ 14 bilhões do mercado de EFPCs, o equivalente a menos de 5% de market share. Chamadas de fundações, essas entidades gerenciam a previdência privada de funcionários de empresas ou profissionais associados a alguma entidade de classe.
A previsão é de superar R$ 40 bilhões em longo prazo, alcançando cerca de 20% do mercado. Tal perspectiva “não se restringe” à captação via AAI, uma vez que o resultado deve refletir “a soma de esforços do BB, da BB DTVM e de AIs”, aponta Paulo Manzione, head comercial para atacado e institucionais da BB DTVM, em entrevista à CRC!News.
A gestora de fundos de investimentos do BB acabou de fechar acordos com os escritórios Alpina, Gruppo, Estoril e Grid, todos com abrangência nacional e especializados na oferta de produtos financeiros a EFPCs. A intenção é ampliar essas parcerias, futuramente. O problema é a carência de mão de obra especializada nesse mercado.
“A dificuldade está em identificar escritórios especializados em EFPCs. Temos inúmeros escritórios especializados em RPPs (Regime Próprio de Previdência Social, modalidade de previdência pública), números incontáveis especializados em pessoa física (PF), mas pouquíssimos em EFPCs.”
O mercado de EFPCs (patrocinadoras privadas) movimenta R$ 330,6 bilhões em patrimônio, segundo os últimos dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Leia os principais trechos da entrevista na edição 28 da revista CRC!News.