Visando ocupar um espaço maior no mercado dos investimentos pessoais o Santander lança uma nova estratégia em busca do crescimento nos próximos meses.
Batizado de Santander AAA, o banco já está em 50 cidades no Brasil todo e a previsão é que continue crescendo até o final do ano.
“Começamos o ano com 600 assessores, entraremos março com 800 e vamos chegar em 1200 até abril”, destaca Gustavo Lendimuth, head de Expansão do Santander, em entrevista à CRC!News. “Estamos num processo de expansão super acelerado”, completa.
Os assessores – que o banco chama de advisors – terão a carteira assinada pela Santander Corretora; o banco vai compartilhar com cada um deles um portfólio inicial de 100 clientes do varejo, com patrimônio acima de R$ 300 mil.
A manutenção da carteira já vai garantir uma remuneração para o assessor, que terá também uma participação sobre o aumento da carteira, seja trazendo novos clientes ou recursos de quem já tem conta no Santander mas investe com outras casas.
“Nós trazemos um assessor para o Santander, no modelo CLT e com teto variável. Essa é a novidade do modelo que a gente trouxe. O que a gente quer é que os assessores que entrem e tenham a atitude de dono, pensamento de empreendedor”, afirma Lendimuth.
Atração de talentos
O Santander Brasil vai oferecer, gratuitamente, curso de preparação para as certificações CEA (Certificação de Especialista de Investimentos) para os interessados e CFP (Certified Financial Planner) para os assessor de investimentos contratados pelo Banco. Em parceria com a escola preparatória “Eu me banco Educação”, o curso estará disponível tanto para novos contratados quanto para quem já é assessor no Santander e deseja elevar o nível de formação.
Antes de disponibilizar os cursos de forma gratuita, os assessores bancavam por conta própria a preparação para certificação necessária para trabalhar com investimentos. No caso do CFP chega a custar R$ 4 mil.
A CEA é uma certificação concedida pela Anbima e permite atuação como advisor ou assessor de investimentos. O CFP – mais alto nível todo o planejamento financeiro – qualifica o profissional a atuar como planejador, podendo trabalhar com clientes private (alta renda).
“É parte da nossa estratégia, a atração desses talentos. Sabíamos que isso atrairia pessoas de outros mercados. Mas o nosso treinamento é completo para que o assessor entenda como ele pode prospectar clientes, conversar, apresentar produtos. Tivemos casos de pessoas que atuavam na Marinha e na Aeronaútica e decidiram fazer essa transição de carreira”, afirma Lendimuth.
“Entendemos que isso tudo, não faz a diferença se a pessoa não tiver uma atitude de dono”, destaca.
Outras cidades
Em São Paulo esse crescimento poderá ser sentido em breve. Pois esse ano será marcado pelo lançamento de hubs que integram o projeto de regionalização dos escritórios de atendimento a investidores do Santander AAA.
O projeto englobará a cidade de Santos com 12 assessores de investimentos (advisors) para atendimento presencial e online exclusivo às pessoas com investimentos acima de R$ 300 mil nas cidades de Santos, São Vicente, Guarujá e Cubatão.
Em São José dos Campos, serão 46 assessores de investimentos (advisors) para atendimento presencial e online exclusivo às pessoas com investimentos acima de R$ 300 mil nas cidades do Vale do Paraíba.
E em Santo André, com 40 assessores de investimentos (advisors) para atendimento presencial e online exclusivo às pessoas com investimentos acima de R$ 300 mil nas sete cidades do ABCD – Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.
Na Rede Metropolitana serão contratados 115 assessores de investimentos para atender o Vale do Paraíba, ABCD, Guarulhos, Vale do Ribeira, litoral de São Paulo e do Rio de Janeiro – até Parati e Angra dos Reis.
“O projeto surgiu no primeiro semestre do ano passado, quando quisemos trazer para o mercado um novo modelo de assessoria. Estamos contentes com a nossa expansão em um momento em que o mercado de certa forma está revendo sua estratégia para reduzir ou para descontinuar”, destacou Lendimuth.
“Atribuímos isso a um planejamento bem feito e principalmente ao modelo de assessoria que nos propomos a ter. É um modelo meritocrático, desenhado desde o início para empoderar e com base escalável”, conclui.
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