A busca por parcerias tem sido uma das formas dos escritórios ampliarem sua atuação e gerar negócios. No caso da Faros Investimentos, que recentemente adquiriu a P7, especializada em corretagem de seguros e educação financeira, a ideia é ganhar uma nova fonte de leads a partir da identificação de oportunidades junto aos clientes da plataforma. Já a P7 espera contar com um novo canal para ter uma oferta mais completa para as pessoas que desejam diversificar seus investimentos.
Para Felipe Bichara, sócio-fundador e responsável pela área comercial da Faros, uma das coisas que chamou a atenção do escritório foi o conceito por trás da P7. Além disso, o fato de a empresa reunir profissionais altamente capacitados e que trabalharam por anos em grandes seguradoras também pesou.
“É uma plataforma independente com apenas um ano, mas que vem obtendo resultados consistentes com foco em treinamentos para novos profissionais e para quem já é corretor. Temos mais de R$26 bilhões sob custódia com clientes de perfil private, então o seguro é algo muito complementar à nossa atuação. Por isso, resolvemos fazer a sociedade, mas preservando a independência entre os negócios”, explica em entrevista à CRC!News.
Segundo Renata Magalhães, sócia-fundadora da P7, a sociedade vai funcionar da seguinte maneira: quando os corretores da plataforma identificarem oportunidades junto aos clientes em outras áreas para além dos seguros, eles vão encaminhar as demandas para os profissionais da Faros.
“Um dos nossos diferenciais é ser uma plataforma aberta, sem a exclusividade de nenhum produto. No contato com o cliente, sentamos e tentamos entender suas necessidades para oferecer um atendimento completo. E ao longo da conversa, sempre surgem oportunidades relacionadas a investimentos”, revela.
Gestora e corretora light
Além da nova sociedade, a Faros também está nos passos finais para adquirir participação em uma gestora. “Agora que estamos nos constituindo como uma ‘corretora light’ junto à XP, vamos procurar fortalecer nossa presença em algumas áreas. A asset permite criar um veículo para atender o cliente de acordo com o seu perfil”, diz.
O termo “corretora light”, explica, se refere a um modelo no qual o escritório continua a usar a plataforma, mas passa a ter algumas responsabilidades extras, como o cadastro do cliente. O site também passa a exibir o logo da empresa, que pode disponibilizar outros ativos, serviços e produtos.
“Estamos sempre atrás de atender o cliente da forma mais completa, e a corretora e a sociedade com a XP surgem para nos deixar cada vez mais fortalecidos. Além disso, em termos de governança fica mais fácil crescer, pois com uma partnership ativa você consegue atrair os melhores talentos. Pelo nosso faturamento e tamanho era inevitável e esse é o modelo que vai melhor nos acomodar diante dos nossos objetivos”, afirma.
Para dar conta de tantos desafios, a Faros também busca fortalecer seu corpo de assessores em um processo de contratação bastante criterioso e voltado para selecionar profissionais capazes de oferecer atendimento diferenciado. E essa equipe ainda conta com o suporte de um comitê de produtos, criado para dar orientações sobre cada ativo ofertado.
“Não é por acaso que fomos eleitos o melhor escritório pela XP. O grande diferencial é que nossos assessores são muito bem informados. Aqui, o cliente questiona e o assessor sabe responder. Queremos sempre munir o cliente de informações para que ele seja capaz de tomar as melhores decisões sobre o seu patrimônio”, encerra.
Texto publicado na edição 49 da revista CRC!News, acesse e leia todos os destaques do setor AI.