Embora a pandemia tenha acelerado a revolução digital, a prática da inteligência artificial em larga escala na atividade de assessoria de investimento ainda é vista com desconfiança por agentes autônomos de investimentos. O Managing Partner do escritório paulistano Davos, vinculado à XP, Sergio Martins avalia que esse tipo de serviço pode “fazer algum sentido” na gestão de ativos no varejo. Ou seja, na área de atendimento mais massificado e com menores tickets de investimentos.
“Para o varejo pode até fazer sentido. Porque é mais simples a alocação de valores menores no varejo. E a robotização pode simplificar, baratear custos, tornar mais prático a alocação”, analisou Martins. “Mas o investidor com maior valor gosta de uma assessoria de carne e osso”, brincou.
Conselheiro e porta-voz da Associação de Agentes de Investimentos Livres (Ais Livres), Alfredo Sequeira Filho, aponta desconfiança na implementação de robôs para assessoria de investimentos.
“Não acreditamos em assessoria de investimentos feita por robôs e desconfiamos da parcialidade dos mesmos”, disse Sequeira. “Nos EUA, 65% da população que investe procura um assessor de investimentos, exatamente no país que tem muito mais educação financeira do que nós brasileiros. Nada substitui a assessoria individualizada e personalizada.”
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