Iporanga, Ribbit, Apis Partners, monashees e 2TM participaram da nova rodada de captação da fintech de investimentos
O Gorila, a primeira plataforma de consolidação e controle de investimentos do país, acaba de receber mais de R$ 100 milhões em rodada de investimentos, que contou com aporte de fundos como o americano Ribbit, o euroasiático Apis Partners, que tem sede em Londres, e os brasileiros Iporanga, monashees e 2TM. Três destes players (Ribbit, Iporanga e monashees) já tinham participado da rodada anterior da fintech, realizada em 2019, que levantou R$ 35 milhões.
Uma parte da injeção de capital será aplicada em tecnologia, produto, time e crescimento do negócio – tanto de maneira orgânica quanto por meio de aquisições.
Outra parte significativa desses recursos será destinada à estratégia do Gorila de entrar como sócio minoritário em escritórios de investimentos com grande potencial e que compartilhem da mesma visão de mercado da fintech. O intuito é ajudar esses escritórios a destravar valor com capital, governança, tecnologia, know-how de canais digitais e melhores práticas da indústria. Seguindo essa estratégia, a fintech se tornou, recentemente, sócia da Vita Investimentos, consultoria de investimentos fundada em 2016 por Ricardo Guimarães Filho, com presença no Brasil e Estado Unidos, mais de R$1,5 bilhão de ativos sob consultoria e aproximadamente 100 famílias como clientes.
“Não somos corretora ou banco e nem queremos competir com eles, pelo contrário, vamos ajudar a levar clientes para quem tiver os melhores produtos e preços. Estamos entrando em operações de consultoria independentes e agentes autônomos atrelados a corretoras. O importante, na nossa visão, é que esses escritórios coloquem os interesses de seus clientes em primeiro lugar, é daí que vem o valor de longo prazo.” explica Guilherme Assis, CEO e fundador do Gorila.
O Gorila foi criado em 2016 por Guilherme Assis, Robinson Dantas e Leo Kalim que, por terem larga experiência no mercado financeiro, identificaram a demanda de investidores e agentes de mercado por mais clareza e mais informação sobre o portfólio de produtos de investimento, independente da instituição. A empresa atua tanto no segmento B2B (escritórios), quanto no B2C (investidores pessoa física), já que ambas as frentes fazem parte do mercado de distribuição de investimentos e são complementares. Seu sucesso se deve a sua independência e à capacidade de entregar às pessoas uma visão global de seus investimentos, mesmo que estes estejam alocados em instituições distintas. Os players do setor financeiro, geralmente, restringem o acesso a essas informações, dificultando o entendimento dos clientes sobre suas posições.
“Nós nascemos com o DNA de tecnologia e a cabeça de open finance, bem antes desses temas serem quentes no Brasil. Sempre acreditamos que o livre compartilhamento de dados com a autorização dos clientes era uma revolução inevitável, por isso já estamos totalmente preparados para esse novo mundo, e empolgados com o que está por vir”, diz Assis.
Com a chegada do open finance, a experiência de investir será mais customizada, além disso, o papel dos escritórios de investimento será ainda mais relevante, uma vez que eles terão mais ferramentas para entender seus clientes e escalar suas operações, melhorando o serviço e forjando o relacionamento. “Para citar algumas possibilidades: veremos desde a portabilidade de investimentos com um click, passando por rebalanceamento de carteira automático realizado em diferentes instituições, até a abertura de contas automáticas com transferência de dinheiro e execução do investimento, o equivalente ao ‘one click buy’ da Amazon para o mercado de investimentos”, resume o executivo.
Com mais de 500,000 usuários e mais de 100 escritórios de investimentos que utilizam seus serviços, a meta da fintech é atingir 1 milhão de clientes pessoa física e mais de 300 escritórios de investimentos em 2022.