Da Redação.
A Jive Investments, plataforma integrada de investimentos alternativos com R$ 17,7 bi sob gestão, anuncia o primeiro closing internacional do Jive Distressed and Special Situations IV, com captação deR$ 2,5 bi. O Fundo IV, e seus veículos de coinvestimento, já contam com investidores institucionais de destaque, incluindo a International Finance Corporation (IFC), braço financeiro do Banco Mundial, que pode investir até US$ 120 milhões, e um fundo soberano que aportou US$ 125 milhões, além de aprovar uma linha adicional de US$ 125 milhões para coinvestimentos. Com investidores brasileiros, o Fundo IV já captou R$ 1,3 bilhão.
Assim como seus predecedores, o Fundo IV, que tem um período de investimento de três anos e prazo total de seis anos, investe em ativos estressados e em situação especial, como créditos de empresas de médio e grande porte, disputas judiciais, precatórios e imóveis problemáticos. O feeder offshore, destinado a investidores internacionais, oferece classes com e sem hedge, permitindo ao investidor escolher ter ou não exposição cambial.
De acordo com Guilherme Ferreira, sócio da Jive, o atual momento do mercado é bastante favorável para ativos estressados e situações especiais. “Estamos lidando com o processo de desalavancagem da economia causado pela combinação de juros altos e inflação elevada, e isso se traduz num pipeline robusto de oportunidades para o Fundo. As estratégias da Jive envolvem empresas com limitações de capital (dívida ou equity) e operações de dívida com potencial ganho de capital, privilegiando as garantias e proteção contra perdas (recovery value elevado). Há ainda oportunidades envolvendo operações de crédito estruturado, DIP financing e turnarounds”, comenta.
Desde seu início em dezembro de 2022, o Fundo IV já alocou US$ 69,1 milhões em investimentos em Ativos Estressados (ativos que estão fora do seu estado normal nos quais a Jive identifica oportunidades de solução e recuperação, como créditos corporativos em atraso, precatórios e ativos judiciais); Real Estate Distressed (imóveis problemáticos, estoque de incorporadoras, ativos não operacionais de companhias em recuperação judicial, sale & lease back e créditos imobiliários inadimplidos), e Ativos em Situações Especiais (operações estruturadas para empresas, credores ou ativos com baixa liquidez e/ou acesso restrito ao mercado tradicional de capitais. São transações que priorizam garantias robustas, avais e fluxo de caixa previsível, com potencial para ganhos adicionais e retorno para o fundo).
“O investidor em ativos estressados é um dos poucos que permanece no mercado durante momentos de grande incerteza. Mesmo nos cenários mais desafiadores, a Jive manteve sua estratégia nesses ativos, e isso não é diferente no mercado atual. Continuamos buscando investimentos que, ao mesmo tempo, gerem impactos positivos e retornos superiores aos nossos investidores”, afirma Ferreira.
International Finance Corporation (IFC)
Por meio de uma parceria com a Jive no âmbito do Distressed Asset Recovery Program (DARP), programa global da IFC para investimentos em ativos dessa natureza, a IFC investirá em ativos estressados junto com o Fundo IV. O objetivo da iniciativa conjunta é dar liquidez para bancos, empresas e famílias, adquirindo ativos complexos e injetando recursos no sistema. Com isso, devedores brasileiros ganham um incentivo para normalizar sua situação, recuperar o acesso ao crédito e retomar sua participação ativa no sistema financeiro. Os investimentos devem apoiar empresas em dificuldades financeiras por meio da aquisição de ações judiciais, precatórios, imóveis e outros ativos. No caso dos bancos, a ideia é permitir que essas instituições consigam liberar seu capital e reforçar sua liquidez, o que fortalecerá suas capacidades para voltar a emprestar.
“Esse investimento faz parte da estratégia da IFC de ajudar no desenvolvimento do mercado de ativos estressados no Brasil. Por meio da parceria com a Jive, a IFC está promovendo o fortalecimento do sistema financeiro e contribuindo para que empresas de pequeno, médio e grande porte normalizem suas obrigações e tenham novamente acesso ao crédito” comenta Ariane Di Iorio, Chief Investment Officer & Global Head, Distressed Asset Recovery Program, IFC.
“A IFC é uma das mais experientes investidoras globais nessa classe de ativos. Ter uma organização dessa potência entre os nossos investidores é um diferencial enorme para a Jive. É um capital que fortalece o mercado, além de gerar impactos sociais e econômicos”, comenta Marcelo Martins, sócio da Jive.
Fundos I, II e III
Com 13 anos de história e R$ 17,7 bilhões sob gestão, a Jive Investments já tem um track record consolidado. O Fundo I, lançado em 2015 com uma captação de R$ 500 milhões, alocou um total de R$ 715 milhões em recursos próprios e R$ 445 milhões em coinvestimentos, e possui taxa interna de retorno líquida (TIR) de 19.2% ao ano.
O Fundo II (de R$ 1,75 bi), estruturado em 2018, apresenta mais de R$ 2 bi investidos, R$ 33 milhões em coinvestimentos e TIR líquida de 17% ao ano. Já o Fundo III (de R$ 4 bi), de 2020, registra R$ 3,9 bi investidos e R$1,3 bi em coinvestimentos, totalizando R$ 5,2 bi na safra – com TIR líquida de 18% ao ano.
A Jive Investments é uma plataforma integrada de investimentos em ativos alternativos com foco na originação, aquisição e recuperação de créditos, direitos creditórios, legal claims, imóveis e outros ativos ilíquidos. Pioneira neste mercado, a gestora – fundada em 2010 – possui um know-how comprovado de eficiência na gestão e recuperação de ativos complexos e de elevado retorno.
A asset também gere fundos de investimento imobiliário, fundos de crédito privado high yield, fundos alternativos fechados e de co-investimento – desenvolvidos para investimentos, conjuntamente com fundos principais, em ativos mais robustos.