Com a proposta de oferecer atendimento especializado ao investidor na área de administração fiduciária de fundos, a Mérito Investimentos começa a dar os primeiros passos no mercado de corretoras com a criação da Mérito DTVM. Após 10 anos de experiência como gestora independente voltada ao mercado imobiliário, a empresa agora aposta nesse conhecimento acumulado para diferenciar sua oferta dos demais concorrentes.
“Poucas casas são especializadas em produtos como FIIs (fundos de investimento imobiliários), FIPs (fundos de investimento em participações) e FIDCs (fundos de investimento em direitos creditórios). Estamos vendo vários novos entrantes, mas são raros os players com estrutura e know how. Tratam-se de barreiras importantes, e acreditamos que essa década que temos no mercado faz muita diferença”, explica Alexandre Despontin, CEO da Mérito DTVM, em entrevista à CRC!News.
Uma das vantagens apontadas por Despontin no novo negócio é que ele já nasce com fundos próprios listados na B3 com foco em empreendimentos populares, o que gera receita e um volume interessante de clientes. Um deles, o MFII11, atua em todas as etapas de desenvolvimento imobiliário, desde a compra de terreno, até a obtenção de registro, aprovação do projeto, evolução de obras e vendas. Já o MFAI11 investe em outros FIIs e ações do segmento de imóveis.
“Começamos a operar no mercado em janeiro com os produtos da casa. Já temos cerca de R$500 milhões de patrimônio sob administração e quase 30 mil cotistas. Agora, estamos iniciando os primeiros contatos com terceiros para acrescentar a oferta de novos fundos estruturados”, revela o CEO.
Especializar para crescer
Para Despontin, a maior parte das gestoras de fundos contam com departamentos mais amplos, que não são especializados em um produto específico. E isso pode fazer muita diferença na qualidade da informação que chega até os clientes.
“Quem atua em diversos segmentos tende a encontrar maiores dificuldades para saber como um determinado ativo vai se comportar ao longo do tempo. Nós conseguimos ter esses dados sobre os fundos estruturados de forma muito mais organizada, e o investidor recebe isso com maior transparência e clareza para saber de fato no que está investindo”, explica.
Sobre a chegada da nova corretora ao mercado, o executivo considera o momento oportuno, pois a popularização dos investimentos ampliou a procura de pessoas físicas e permitiu a entrada de novos players. No entanto, ele acredita que nem todos vão sobreviver a esse cenário de consolidação após a pandemia.
“Nossa ideia é prestar um serviço diferenciado em um nicho restrito, pois não dá para concorrer com os grandes. As menores, para poder ter espaço, precisam segmentar. Mas à medida que o mercado todo cresce, é possível crescer junto sem entrar em uma briga direta. E aos poucos podemos acrescentar outros tipos de produto, como crédito ou agro”, completa Despontin.
Leia mais destaques do setor na revista CRC!News, matéria publicada na edição 38.