Mark Zuckerberg anunciou, em outubro do ano passado, que o nome da sua empresa Facebook (que engloba o Messenger, WhatsApp, Instagram e o próprio Facebook) passaria a se chamar Meta – fazendo alusão ao termo metaverso – para se reposicionar como marca.
Apesar do mundo inteiro após o comunicado só falar disso, é importante dizer que o metaverso não é uma propriedade do Facebook. Eles estão apenas se estruturando para começar a colonizar um universo que ainda não existe.
A definição que dá origem ao termo surgiu pela primeira vez no livro de ficção científica “Snow Crash”, de 1992, escrito por Neal Stephenson. No livro, o metaverso é um ambiente digital em que a pessoa cria um avatar e explora aquele universo, interagindo com outras pessoas por meio dele.
Um exemplo ainda mais atual para entender como o metaverso funcionará é o filme (e, também, livro) Jogador Nº1, lançado em 2018. Nele, as pessoas abandonam o mundo real e se utilizam da realidade virtual para se conectar e interagirem por meio de avatares. Por mais que a história trate de uma distopia, é interessante assistir para se familiarizar com as novidades que podem surgir daqui para frente. No filme, entende-se perfeitamente o conceito de realidade virtual e como os óculos e demais equipamentos podem funcionar em um futuro próximo.
Ainda que o metaverso seja uma tecnologia para daqui 10 ou 15 anos, como dito pelo criador do Facebook, empresas já estão explorando e se preparando para integrar essa nova realidade. A intenção delas é incorporar o mundo físico, a realidade virtual (o ambiente digital que pode ser visto por meio dos óculos digitais) e a realidade aumentada (que se utiliza de elementos reais criando um plano) e juntos formarem uma realidade em que todos esses conceitos se integram. A dicotomia será entre o abstrato e o concreto, não mais o real e o virtual.
Uma das indústrias que já está se movimentando para ingressar na nova tecnologia é a de entretenimento. Empresas de jogos já estão se juntando à artistas, como é o caso da Epic Games, desenvolvedora do jogo Fortnite, e o rapper americano Travis Scott. Em parceria, eles fizeram um show para 12,3 milhões de usuários online no jogo. Outra ação que se aproxima muito da ideia do metaverso foi a criação de figurinos junto com a grife Balenciaga para que os jogadores comprassem e utilizassem dentro do jogo em seus avatares.
Outra empresa que deu seus primeiros passos em direção à transformação digital foi a Nike que está fabricando tênis digitais, a RTFKT, que se autodefine como “nascida no metaverso”. Os produtos da empresa são vendidos em criptomoeda e distribuídos por tokens não fungíveis (NFTs) com autenticação e se utilizam da realidade aumentada.
Veja esse e outros destaques na edição desta semana da revista CRC!News.