Depois de mais de dois longos anos de pandemia, muitas empresas aproveitam o relaxamento das medidas restritivas para retomar estratégias voltadas a fortalecer laços com seus clientes. No caso da Mundo Investimentos, escritório vinculado à Guide que nasceu em plena crise sanitária, a primeira oportunidade para realizar um evento voltado a investidores e clientes em potencial se concretizou na noite da última terça-feira (27). Durante o encontro, realizado na região de Alphaville com cobertura exclusiva da CRC!News, a empresa recebeu um público selecionado e levou aos participantes estratégias de alocação e muito conteúdo sobre cenário eleitoral e macroeconômico.
Para Eliel Lins, sócio-fundador da Mundo Investimentos, a possibilidade de finalmente poder se encontrar com amigos e clientes é fundamental. “Depois de dois anos de empresa e um trabalhando no home office, conseguimos fazer o primeiro evento. No âmbito comercial, é importante porque esse é um dos nossos propósitos. Buscamos sempre levar ao cliente muito mais do que produtos. Queremos agregar valor através de relacionamento, informação e conhecimento”, revela.
Lins destaca o momento favorável vivido pelo escritório, que dobrou de tamanho entre 2020 e 2021, e agora triplicou em relação ao ano passado. “Estamos em franco crescimento. E isso sem dúvida nenhuma se deve à proximidade com o nosso cliente. Temos amigos aqui dentro, e esse é o nosso diferencial. Além do conhecimento de mercado, estamos próximos deles no bom e no mau momento”, resume.
Aniversário no Sul
Com o retorno positivo dos participantes, os sócios pensam, inclusive, em repetir a experiência e promover eventos também no Rio Grande do Sul, onde a Mundo está presente há quase um ano. Além disso, o escritório atua na região de São Leopoldo (RS), através do sócio Maico Bosi, e também estuda a possibilidade de iniciar uma operação em Santa Catarina.
“Expandimos para o Rio Grande do Sul pensando em diversificar o público. Como gaúcho de nascimento, vejo grande potencial nesse mercado. O pessoal ainda é bastante bancarizado, então essa parte de atendimento pode ser muito evoluída. Buscamos dar uma atenção especial, o que gera oportunidades dentro do próprio círculo familiar da pessoa, com filhos, pais e avós. Brincamos até que temos clientes de três gerações no escritório”, afirma Mauricius Munhoz, sócio-fundador e responsável pela operação da Mundo em Porto Alegre.
Graças à aposta na mesma filosofia de relacionamento, a filial gaúcha cresce em proporção semelhante à da sede paulista. “Quem era nosso cliente em outras instituições continua conosco, pois prezamos pela proximidade e parceria. Nossa ideia agora é fazer encontros como esse, mas também apostar em mini eventos. Vamos buscar o cliente em regiões específicas para apresentar nossa maneira de trabalhar, produtos, e levar também a Guide, que vem crescendo no Rio Grande do Sul”, completa.
Conteúdo sob medida
Sobre os temas selecionados para dividir com o público, Lins destaca a complexidade do atual cenário, que reúne uma grande quantidade de assuntos relevantes em um mesmo momento. “Tínhamos muita coisa para trazer. Há o final da pandemia, recessão econômica nos Estados Unidos, eleições no mercado doméstico, guerra na Europa… Nossa saída foi fazer um apanhado de tudo para levar clareza ao investidor. É uma forma de ajudar ele a se posicionar diante dos fatos e na tomada de decisões com relação a investimentos”, diz.
Um dos convidados a falar foi o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini. O especialista detalhou as bombas fiscais que terão de ser desarmadas pelo próximo presidente, como o teto de gastos, auxílio no valor de R$600, reajuste do funcionalismo, PEC dos precatórios, a tabela do Imposto de Renda e desonerações. “Temos uma série de desafios que trazem riscos para a economia. Mas vamos sobreviver à eleição como sobrevivemos a outras”, opina.
Quem também participou das discussões foi Fernando Siqueira, head de Research da Guide, que procurou apontar aos participantes onde estão as boas oportunidades neste momento. “Tivemos muitos resgates ao longo do ano, tantos nos fundos de ações como multimercado, que ficaram descontados. Na renda fixa, vemos com bons olhos títulos pré-fixados com vencimento longo, pois historicamente apresentam desempenho melhor quando as taxas de juros começam a cair”, aponta.
Texto publicado na edição 54 da revista CRC!News, acesse e leia a edição completa.