Headhunter, Head de Expansão, responsável pela área de Gente e Gestão de Pessoas, Recrutador… A área de contratações de um escritório de investimentos pode ser encontrada com as mais diversas roupagens. Porém, independentemente do nome, a função que desempenham é muito parecida: esses profissionais são os responsáveis por identificar talentos, formar equipes de forma assertiva, mapear o mercado e as praças que o escritório está inserido e contratar colaboradores.
Para entender melhor a profissão e o que ela engloba, conversamos com profissionais que exercem esta atividade em diferentes empresas. Na maioria das vezes, o cargo é ocupado por pessoas que já atuam ou atuavam com RH durante sua trajetória profissional, como é o caso da Luciana Albertassi, Head da área de Gente e Gestão da Legend Investimentos.
Formada em Administração com foco em Gestão de Recursos Humanos, ela trabalha há 20 anos no mercado de capitais, sendo os dois últimos na assessoria. “Foquei muito na parte de recrutamento e seleção, que é onde as empresas demandam mais ajuda. Além disso, é também o que eu mais gosto de fazer: estar com pessoas, identificar perfis e ajudar as áreas a compor um time”, relata em entrevista à CRC!News.
Outra profissional que dedicou sua trajetória à gestão de pessoas é Tamiris Bassan, que trabalha no ramo há mais de 10 anos. Após atuar em diferentes setores, como o farmacêutico e o automotivo, ela migrou para o mercado financeiro. Hoje, é responsável pela Expansão da Blackbird Investimentos, mas ela conta que ficou em dúvida entre ir para tecnologia ou assessoria: “Vejo que existe um boom no mercado de tecnologia, com muitas vagas e pouca qualificação. No financeiro ocorre o oposto, temos muitos profissionais fazendo a migração de carreira ou começando nesse mundo, e é possível achar bons profissionais com mais facilidade”, diz.
Pessoas com formação em outras áreas também têm se dedicado a essa função de recrutamento. É o caso do Adriano Brandão, headhunter da Aspen Investimentos, que revela ter “caído de paraquedas” no setor. Formado em Comércio Exterior, ele nunca tinha atuado com Expansão e aceitou o desafio. Depois de quase dois anos no cargo, Adriano já colhe os frutos de sua escolha: após meses de muita dedicação, seu trabalho levou o escritório a ser premiado pela área de Expansão. “Hoje, posso dizer que me encontrei e, neste momento, não me vejo atuando em outro segmento”, compartilha.
Assim como a nomenclatura do cargo varia, cada escritório também define o seu próprio critério na hora da remuneração. Uns possuem contrato CLT, outros fazem parte do quadro de sócios, há modelos via PJ e existem também aqueles que oferecem bônus por contratação como parte da remuneração. Tudo vai depender de como cada escritório trabalha a chegada de pessoas fora da assessoria, pois segundo a regulamentação da CVM, os assessores devem ser sócios e possuir contratos de partnership.
Isabella Silveira de Almeida, headhunter e Recursos Humanos no Grupo Asia de Investimentos, analisa que não existe modelo certo e errado. Por ser um setor novo e que está encontrando formas de se profissionalizar, cada escritório busca a maneira que melhor responde ao seu modelo de negócio. “Depende muito da dinâmica da empresa e do estilo de trabalho do profissional. Muitas empresas contratam os serviços de headhunters porque não estão conseguindo encontrar os profissionais certos para as vagas certas e precisam do suporte de alguém especializado.”
Confira o texto publicado na edição 45 da revista CRC!News. Acesse e leia as principais notícias do mercado de assessoria de investimentos.