Visando popularizar ainda mais a cultura de investimentos no país, o Mercado Pago anunciou uma parceria com a Órama para disponibilizar em sua plataforma produtos financeiros. Na prática, os mais de 34 milhões de clientes do Mercado Pago poderão realizar investimentos, a começar por um CDB com rendimento promocional de 150% do CDI, que deve estar disponível para os usuários até o final do mês.
Como a maior parte da carteira do Mercado Pago é formada por pessoas pertencentes às classes C, D e E, Luiz Felipe Abreu, head da área de business development da Órama Investimentos, acredita que a iniciativa terá o papel essencial de disseminar produtos financeiros entre esse público.
“Todo esse processo de democratização dos investimentos que o Brasil viveu nos últimos anos foi importante. Porém, 80% das pessoas ainda não têm acesso a algo de qualidade e que consigam entender. Como o Mercado Pago faz um trabalho importante de dar acesso a serviços financeiros para a população em geral, acreditamos que essa parceria pode fazer o mesmo em relação aos investimentos. Queremos levar o mercado financeiro até as pessoas, e não o contrário”, revelou Abreu à CRC!News.
Um dos grandes desafios será justamente despertar o interesse de um público que ainda não possui o hábito de investir. Para superar essa barreira, Abreu aposta no histórico e na experiência da própria Órama.
“Antes, as corretoras eram muito focadas em clientes de capital elevado. Nós surgimos com a proposta de facilitar o acesso e simplificar a linguagem. Zeramos custos de taxa, oferecemos fundos de investimento sem estabelecer um valor mínimo, e assim conseguimos crescer dentro desse público que possui um patrimônio menor”, afirmou o profissional.
Agora, através da parceria com o Mercado Pago, a ideia é ampliar esse contato com as classes mais populares, oferecendo uma experiência simples, ágil e intuitiva para todos os usuários. Além disso, as empresas também vão buscar trabalhar conceitos de educação financeira, para que os consumidores reflitam sobre como cada investimento pode ajudá-los a atingir seus objetivos.
“Buscamos fugir daquele portfólio gigantesco que existe nas plataformas e a pessoa não sabe por onde começar. Simplificamos a oferta, começando por um produto mais básico, e também vamos facilitar a linguagem, fugindo do chamado ‘economês’. Queremos que investir em CDB seja tão simples quanto comprar uma geladeira”, completou Abreu.
Leia na íntegra na revista CRC!News, matéria publicada na edição 34.