Tradicionalmente conhecidas e ocupadas pelos grandes bancos, as gestoras de fundos de investimentos ou gestoras de investimentos viram um movimento liderado por profissionais do mercado financeiro crescer nesses últimos cinco anos. (Confira na matéria anterior).
Flávio Riva destaca que o primeiro passo para montar uma gestora é colocar no papel as ideias e direcionamentos que essa nova empresa deverá ter. “Informações como: Potencial de captação de clientes e de volume financeiro a ser captado nos primeiros anos de existência; O perfil dos clientes alvo; Os tipos de ativos que serão geridos pela empresa; Qual será a estrutura societária, quem será o diretor responsável pela gestão e se ele já possui certificação Anbima ou habilitação CVM; Quem será o Diretor de Compliance e o Diretor de Gestão de Riscos; Se há entendimento mínimo da estrutura de custos dessa nova empresa. Essas e algumas outras informações já será possível esboçar um plano de negócios e com base nele que deve ser elaborado o contrato social da nova gestora. Eu recomendo sempre buscar o auxílio de especialistas, talvez definir uma gestora já em operação como benchmark e estudar muito a regulação vigente e os códigos da Anbima”, complementa.
Para atuar na gestão de recursos de terceiros a CVM determina que o profissional tenha pelo menos uma das três formas de conseguir o credenciamento. São elas: Certificações aprovadas pela autarquia; contar com experiência anterior de no mínimo sete anos, diretamente relacionada à gestão de recursos de terceiros; e atuar como estudioso ou acadêmico em finanças e fundos de investimentos.
A antiga Certificação de Gestores Anbima (CGA) que atesta que os profissionais que atuam na gestão de recursos tenham poder de tomar decisões de investimentos foi reformulada. Com a mudança, a CGA foi substituída por três outras certificações: a Certificação Anbima de Fundamentos de Gestão (CFG), que atesta o conhecimento dos fundamentos de gestão e é pré-requisito para as demais; a Certificação de Gestores Anbima para Fundos Estruturados (CGE), que habilita profissionais a serem gestores de fundos estruturados; e a Certificação de
Gestores Anbima (CGA), que autoriza a gestão dos fundos mais “tradicionais”.
No entanto, o profissional pode iniciar apenas com a CFG e depois optar por tirar as outras duas certificações. O prazo de validade da CFG, CGA e CGE é de três anos a partir da data de aprovação no exame. Os profissionais certificados precisam atualizá-las até a data de vencimento para mantê-las válidas por mais três anos.