Apesar dos inúmeros desafios para conciliar a carreira de assessor de investimentos com outras atividades, o fato de o profissional não ficar preso a um escritório pode criar uma situação de independência em relação às corretoras. Na prática, isso permite que a pessoa ofereça um leque muito mais variado de produtos aos clientes.
Foi exatamente isso o que aconteceu no caso de Renan Marques Moreira (@moreira_renan). Depois de três anos trabalhando como assessor, ele aceitou uma oferta de emprego na asset do Credit Suisse. Contudo, em vez de largar por completo sua antiga carteira, ele resolveu tentar manter algumas das contas que cuidava.
“Tinha um estagiário que me assessorava e passei para ele a maioria dos clientes. Porém, optei por seguir assessorando aqueles de ticket maior e conto com a ajuda desse meu parceiro na parte operacional”, explica em entrevista à CRC!News.
Por não estar atrelado a nenhum escritório, Renan viu-se na posição única de poder se relacionar com todas as corretoras existentes no mercado. “Quando saí da assessoria em que estava, passei a conhecer todas as outras plataformas mais de perto. A XP, por exemplo, tem grande variedade de produtos, mas algumas coisas não estão lá. Então eu complemento com a oferta do BTG. Já a Órama é muito boa no mercado secundário, em títulos como CDB. Tento pegar o melhor ponto de cada uma para oferecer aos meus clientes”, cita.
Backoffice próprio
Um dos maiores desafios de não estar em um escritório de investimentos reside em não contar com uma mesa para operar. Assim, para conseguir trabalhar, Renan montou uma rede de apoio que o ajuda na hora de realizar as transações junto a cada uma das diferentes plataformas com que trabalha.
“Brinco que usei todo o networking adquirido para montar o meu próprio backoffice. Isso de certa forma me ajudou. Por um lado meu atendimento não caiu de qualidade, e por outro os clientes passaram a me ver de forma mais isenta. Além disso, o fato de muitos desses investidores serem meus amigos também ajudou no entendimento e na aceitação do novo modelo de trabalho”, revela.
Outra dificuldade citada por Renan diz respeito ao monitoramento do mercado. Para contornar o problema, ele mais uma vez recorre à sua rede de operadores parceiros. “Deixo sempre avisado quais títulos estou procurando. Eles me passam e eu avalio ao final do dia”, aponta.
Segundo ele, mesmo contando com um backoffice particular, é preciso ter alguns cuidados para este modelo independente dar certo. Um deles é trabalhar com número reduzido de clientes para não correr o risco de algum ficar desassistido. Aos 23 anos, o jovem planeja seguir com a atuação part-time, mas já faz novos planos para o futuro. “Penso em ter uma asset. Gosto bastante de lidar com clientes de maior ticket. Isso me permite não focar tanto na quantidade e ter um relacionamento mais próximo com cada um deles”, encerra.
Texto publicado na edição 61 da revista CRC!News, acesse e leia os principais destaques do setor.
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