O número de assessores de investimentos triplicou nos últimos seis anos no Brasil. A boa notícia é que ainda há muita demanda do mercado pelo profissional da área para atender os mais de 60 milhões de investidores no país. Atualmente, são mais de 17 mil profissionais ativos, segundo dados da Ancord (Associação Nacional das Corretoras de Valores).
Felipe Gentil, head da Escola de Assessoria de Investimentos da XP Educação, afirma que a ascensão da profissão se deve, sobretudo, pela maneira como a população em geral tem se educado financeiramente no Brasil com a disseminação de canais de comunicação digitais e a grande quantidade de influenciadores de finanças nas redes sociais.
“No passado era muito mais difícil captar clientes como assessor de investimentos porque a profissão tinha um certo preconceito muito ligado a Bolsa de Valores, onde só uma parcela muito pequena da população investe. Hoje é uma profissão reconhecida, respeitada e a população brasileira é muito mais consciente financeiramente do que foi no passado.”
Para ingressar na carreira de assessor de investimentos, o profissional precisa ter concluído o ensino médio e ser aprovado no exame para Certificação de AI (Agente de Investimentos) – anteriormente conhecido como AAI (Agente de Autônomo de Investimentos), realizado pela Ancord. Graduações e especializações ainda não são exigidas.
Já atuando na área, muitos profissionais buscam outras certificações que os diferenciam no mercado. “A profissão de assessor de investimentos tem uma barreira de entrada baixa. É fácil entrar, o difícil é a progressão de carreira”, diz o head da Escola de Assessoria da XP Educação.
Mas para se dar bem nesta posição, não basta apenas conquistar certificações. Gentil afirma que o profissional precisa ter um perfil empreendedor e uma competência voltada ao domínio da matemática para usar os números de maneira segura. Se o profissional errar um cálculo, o cliente pode deixar de realizar sonhos, como comprar uma casa ou o filho deixa de ir à faculdade. “O domínio da matemática financeira e de finanças são competências e habilidades importantes para atuação na profissão.”
Os profissionais precisam ainda se manter atualizados não apenas sobre investimentos, mercado e indicadores econômicos, mas sobre estudos de neurociência, psicologia comportamental e negociação de vendas. “Tudo isso é muito importante para se desenvolver como um bom assessor de investimentos e para ter o poder de convencer o seu cliente do que ele precisa. São dois lados de uma mesma moeda”, diz Gentil.
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