A TC, antiga Traders Club, anunciou no último mês de julho um acordo de aquisição de participação na Galícia Educação, escola de negócios com cursos de Gestão e Coaching. Um dos alvos da companhia é o segmento de assessores. Na visão de Felipe Pontes, sócio e diretor educacional da TC, este mercado necessita de uma boa preparação para entregar melhores resultados. Para isso, a escola vai oferecer cursos em duas frentes: finanças e tecnologia.
A expansão no setor educacional, juntamente com a entrada no ramo de corretoras, faz parte do projeto da empresa de oferecer a maior quantidade de serviços e se tornar uma one stop shop. “O investidor entra e não precisa mais sair, nós temos dados, educação, inteligência de mercado, notícias, a comunidade. Só faltava uma coisa: transação. Agora com a corretora daremos esse passo”, conta em entrevista à CRC!News.
As primeiras conversas se deram a partir do contato entre Pontes e o investidor anjo da escola. As negociações ganharam reforço com a chegada de Pedro Henrique Feres, CEO da TC Investimentos, corretora do grupo que também havia investido na rodada inicial de captação de recursos da Galícia. Após esse processo, a TC resolveu investir R$2 milhões na escola.
Estabelecida como uma empresa de educação financeira, a Traders Club oferece um conceito de transmissão de conhecimentos diferente. “As pessoas estão acostumadas a sentar em uma sala e ouvir alguém falar por 40 minutos, e depois voltam para casa e tentam aplicar sozinhos o que aprenderam”, explica Felipe. Como comunidade de educação, a instituição busca levar ensinamentos de maneira ininterrupta.
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Pensando nisso, a Galícia chega para complementar o ecossistema da empresa, no primeiro momento oferecendo cursos de pós-graduação, o chamado MBA. Um dos diferenciais é o viés tecnológico dos cursos. Felipe exemplifica que no curso de governança corporativa é possível simular reuniões de conselhos de administração com o auxílio de óculos de realidade virtual.
“Atores gravam a cena de uma reunião e acontece uma situação constrangedora, ou que não é aceitável hoje em dia, e o aluno deve tomar uma decisão, fazendo com que o filme tome uma direção ou outra”, conta.
Pesquisador de carreira, Felipe ainda tem interesse em trazer para o setor educacional da companhia pós-graduação lato sensu, com o objetivo de formar pesquisadores que possam aliar inovação e tecnologia ao mercado.
Texto publicado na edição 49 da revista CRC!News, acesse e leia todos os destaques do setor AI.