Novo produto irá conceder crédito a partir de R$ 500 mil a instituições que atendam mais de 500 alunos
A Valora Investimentos – gestora independente 100% focada na originação, estruturação e gestão de Renda Fixa Crédito Privado, sendo uma das pioneiras nesse mercado com quase 15 anos de atuação – e a FinEdu tech, fintech especializada em crédito e serviços para o segmento educacional, acabam de lançar um FIDC (fundo de investimento em direitos creditórios) exclusivo e inédito no mercado brasileiro. O novo produto, intitulado de Fundo FinEdu, tem como objetivo financiar escolas de educação básica, particularmente, neste momento de retomada após um período de grandes desafios ocasionados pela pandemia.
Estão aptas para participar, instituições privadas da educação básica de todo o território nacional e que atendam mais de 500 alunos. O valor médio de financiamento será entre R$ 500 mil e R$ 2 milhões. O fundo já conta com R$ 30 milhões e a expectativa é financiar de 20 a 30 escolas até o fim deste ano. “Trata-se de fundo especialmente criado para atender às necessidades das escolas com flexibilidade para conceder linhas rotativas que permitirão antecipar recursos das carteiras de recebíveis e que poderão ser utilizados, por exemplo, para viabilizar investimentos de forma a melhorar as instalações, adquirir equipamentos e ampliar o serviço da escola, sem depender de bancos, reciprocidades ou contratar dívidas”, explica Ricardo de Jesus, sócio da FinEdu. A gestão dos meios de pagamento para recebimento das mensalidades é parte integrante do produto, além de uma plataforma digital para administração dos contratos de ensino, para aquelas que desejarem agilizar esse ponto de relacionamento com os pais.
Os executivos ressaltam ainda que o fundo irá facilitar o dia a dia das instituições, além de melhorar o relacionamento entre escola e famílias com serviços digitais descomplicados, garantindo recursos adequados ao negócio, ao mesmo tempo em que simplifica as funções das áreas administrativa e financeira. “No longo prazo, a melhor informação sobre pontualidade da carteira irá premiar o setor com operações alongadas e custos competitivos, com limites de crédito adequados e sem o uso de garantias excessivas e incompatíveis com o risco do negócio”, diz Ricardo.
Assim como Ricardo de Jesus, Carlos Sartori, sócio da Valora, está bastante otimista com a novidade. “Educação é um pilar fundamental para o desenvolvimento do país. Há tempos tínhamos a intenção de lançar um fundo neste formato e enxergamos que a parceria com a FinEdu tinha tudo para ser promissora, dada a sólida experiência de Ricardo no segmento. Além disso, o fundo está alinhado às boas práticas de ESG (Environmental, Social and Corporate Governance)”, conta Sartori.
A educação básica no Brasil é caracterizada por ter mais de 47,9 milhões de alunos, sendo 38,7 milhões alocados na rede pública e 9,1 milhões na rede privada, conforme dados do INEP/MEC referente ao ano de 2019. Ainda segundo o Censo Escolar realizado pelo MEC neste ano, o número total de escolas da rede privada contempla cerca de 41,4 mil unidades, sendo muito pulverizado e tendo em média 265 alunos por unidade escolar. “Estima-se que o mercado de educação privado no Brasil movimente R$ 60 bilhões em mensalidades escolares”, finaliza Ricardo.