Com a proposta de oferecer ao mercado uma opção com portfólio balanceado, a Vinci Partners lançou na B3 o Vinci Credit Securities (VCRI11). Trata-se de um fundo imobiliário de CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) que reúne tanto ativos vinculados ao CDI quanto ao IPCA, uma forma encontrada pela gestora de minimizar os riscos e possibilitar que o investidor tire o melhor proveito dos diferentes ciclos da economia nacional.
Para Marcello Almeida, sócio da Vinci Partners e head da área de crédito privado, essa busca por um fundo diversificado foi um dos motivadores da criação do produto, e a proposta acabou sendo bem aceita pelos investidores.
“Boa parte dos FIIs na indústria se especializou apenas no CDI ou no IPCA. Porém, como a economia brasileira funciona em ciclos que muitas vezes se alternam rapidamente, o risco de uma estratégia como essa é que o bom de hoje pode já não ser o melhor para amanhã. Ao equilibrar o portfólio, o investidor sempre vai estar melhor defendido”, revela em entrevista à CRC!News.
Ele ainda destaca que, apesar de híbrido, o balanceamento do fundo ocorre de maneira dinâmica. Ou seja, o peso dos papéis de CDI e IPCA no portfólio pode aumentar ou diminuir de modo a aproveitar melhor o momento vivido por cada um.
“O produto não está amarrado. Temos a liberdade de fazer ajustes na carteira dependendo de qual for o cenário mais favorável. Se eu pudesse resumir, nosso posicionamento estratégico é ter uma carteira diversificada de CRIs, com risco de moderado para baixo através de um portfólio multisetorial, que nos permite atuar de maneira bastante ampla, pois conversa com vários segmentos da economia”, explica.
O executivo acredita que o momento de lançamento do FII é oportuno, pois o movimento de aperto monetário vivido pelo Brasil cria um cenário favorável para quem busca investir em crédito e criar uma carteira de baixo risco com níveis de retorno satisfatórios.
“Nossos fundos imobiliários vêm encontrando grande aderência no mercado por conseguirem combinar boa distribuição de renda mensal através dos dividendos, com isenção fiscal e a perspectiva de liquidez. O volume de emissões de CRIs também cresceu nos últimos anos, e isso significa que está dando match. Há uma demanda cada vez maior que vem sendo respondida pelo crescimento da oferta do lado do ativo”, diz.
Captação favorável
Mesmo com o momento desafiador vivido pelo país, o VCRI11 conseguiu captar R$100 milhões junto a 1,7 mil investidores com o IPO encerrado em maio. E um dos motivos para o resultado favorável foi um aporte inicial de R$80 milhões realizado pela própria gestora no final de 2021, que permitiu chegar à oferta primária com um portfólio minimamente constituído.
“Criamos uma condição diferenciada para o investidor, pois nosso fundo já vai gerar dividendos logo no primeiro mês pós oferta. Temos um rendimento acumulado em torno de R$4 milhões que a Vinci abriu mão para poder fazer essa distribuição inicial e premiar os primeiros cotistas que entraram conosco”, completa Almeida.
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