A Wise Investimentos|BTG Pactual anunciou, nesta quarta-feira (3), que atingiu a marca de R$ 2 bilhões de ativos sob custódia (ou seja, de investimentos de clientes). O volume é o dobro do registrado há menos de 10 meses — em novembro do ano passado — e aproxima o escritório da sua meta de transformar-se em uma corretora independente.
A Wise é, atualmente, a maior rede de escritórios de agentes autônomos de investimento do Brasil, com 41 escritórios pelo país e mais de 500 profissionais. Só no último mês, o escritório captou mais de R$ 130 milhões.
Em maio do ano passado, a Wise deixou a XP para unir-se ao BTG.
De acordo com Lucas Rocco, CEO da Wise, o volume chama a atenção por ter vindo a partir do crescimento orgânico do escritório, pulverizado em mais de 10 mil clientes.
“Mais do que o valor em questão, o que devemos comemorar é a ampliação do número de clientes e amigos que confiam na Wise para fazer um planejamento completo de suas vidas financeiras”, afirma Rocco.
O caminho do escritório é tornar-se, em breve, uma corretora, como já afirmou Roberto Sallouti, CEO do BTG Pactual, ao comentar a parceria.
A parceria com a Wise seguiu o plano de expansão do banco de André Esteves de levar operações relevantes da XP, como o EQI e o Aqua Vero Investimentos, com o intuito de transformá-los em corretoras e consolidar o mercado, hoje pulverizado em mais de 600 escritórios.
Em outubro, a própria Wise exemplificou esse movimento de consolidação, ao anunciar uma fusão com a Mayor Investimentos, assessoria com cerca de R$ 200 milhões sob custódia com sede em Governador Valadares (MG).
Papel dos AAIs
O papel dos assessores, ou AAIs (Agentes Autônomos de Investimentos), é apresentar oportunidades e estratégias de investimento de acordo com seu estilo de vida e sua estrutura financeira. São os profissionais responsáveis por tirar dúvidas e apontar riscos envolvendo os diversos produtos do mercado financeiro.
Troca de bandeira
A briga por agentes autônomos tem movimentado o mercado. No ano passado, o BTG ganhou um round importante, quando um escritório que era da XP e mudou de bandeira foi absolvido da acusação de praticar concorrência desleal, sendo obrigado apenas a pagar uma multa contratual.