Por Antônio Sanches, especialista em investimentos da Rico.
- Uma nova semana se inicia, com os mercados internacionais estáveis à espera da divulgação de resultados do terceiro trimestre das empresas americanas, com destaque para as grandes empresas de tecnologia como Facebook. Até o momento, 117 empresas do S&P 500 (um dos principais índices de ações americanas) reportaram seus resultados e 84% superaram as estimativas de lucro do consenso, de acordo com o Refinitiv.
- E já que estamos falando de EUA, no Congresso, os democratas continuam negociando os pontos finais do Plano das Famílias Americanas (similar ao nosso Bolsa Família). O projeto deve ser diluído de US$ 3,5 trilhões a cerca de US$ 2 trilhões e a expectativa é que um acordo seja anunciado ainda nesta semana.
- Ainda por lá, Janet Yellen, secretária do Tesouro americano, disse que espera que os preços permaneçam altos até o primeiro semestre de 2022, mas não acredita que os EUA corram o risco de perder o controle da inflação. Além disso, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Banco Central americano), na sexta-feira, afirmou que está na hora de começar o processo de tapering ( redução dos estímulos monetários), mas que ainda não está na hora de subir a taxa de juros enquanto os EUA possuírem 5 milhões de empregos a menos do que o período pré-pandemia.
- No Brasil, iniciamos a temporada de resultados do 3º trimestre de 2021 das empresas brasileiras. Essa é a época em que as empresas negociadas na Bolsa de Valores reportam o desempenho através da divulgação de Demonstrações Financeiras, seguida de uma teleconferência de resultados.
A agenda não terá apenas divulgação de resultados corporativos, o mercado também vai ficar de olho na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) na quarta-feira, em que teremos a definição da taxa básica de juros (Selic). Evento muito importante para a dinâmica dos investimentos no Brasil como um todo.
- As discussões sobre o teto de gastos fiscal na semana passada seguem balançando as projeções. Nosso time de economia revisou as projeções: esperamos o dólar mais alto, em R$5,70, no final de 2021 e 2022 (antes R$ 5,20); Inflação (IPCA) em 9,1% para 2021 e 5,2% em 2022, antes 9% e 3,9% respectivamente; Elevação na taxa de juros em 1,5 ponto percentual na próxima reunião; Crescimento do PIB menor em 2021 (agora 5,0%, antes 5,3%) e menor em 2022, de 0,8% (antes 1,3%)