Não há mistério sobre quem será o protagonista do pregão de hoje no Brasil. A partir das 18h30, será divulgada a nova taxa básica de juros, a Selic, e é amplamente esperado um aumento de 150 pontos-base para 10,75% ao ano. Para o comunicado pós-reunião, esperamos que o Copom deixe de sinalizar “um ajuste de mesma magnitude” na próxima reunião, reduzindo o ritmo da esperada para março (projetamos 11,50%).
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados, OPEP+, se reúne hoje para definir a produção de março. A expectativa é que seja ratificado o aumento de 400 mil barris por dia. O preço da commodity amanhece praticamente estável hoje na expectativa da definição, em meio a um período de contínua elevação dos preços.
Dados indicam que, mesmo definindo aumentos significativos na produção de petróleo, os países não estão conseguindo entregar o número de barris acordado. Uma pesquisa da Bloomberg mostrou que o aumento de produção em janeiro foi de apenas 50 mil barris por dia, abaixo da meta de 400 mil. A Líbia, por exemplo, está sofrendo com conflitos internos, e produziu 140 mil barris por dia a menos do que em dezembro.
Nos EUA, 198 de 500 empresas listadas no S&P reportaram resultados do 4º trimestre, 76% delas acima do esperado; já na Nasdaq, 474 de 3.143 empresas reportaram, 64% delas acima do esperado. Na Europa, 87 de 446 empresas do Eurostoxx 600 reportaram, 55% delas acima do esperado. Os bons números animam investidores, e as bolsas europeias e futuros americanos estão em alta nesta manhã.
A Alphabet, holding do Google, foi o grande destaque em termos de resultados. O lucro líquido da empresa foi de US$ 20,642 bilhões no último trimestre do ano passado, resultado 35,5% superior ao reportado no mesmo intervalo de 2020. Com números acima do esperado, a ação da companhia disparou até 9,2% após as negociações pós-mercado.