Por Antonio Sanches, analista da Rico.
Nesta quinta-feira, as bolsas globais estão negociando em queda, com os investidores atentos ao discurso do presidente do Banco Central americano (Fed), indicando não descartar a possibilidade de maiores apertos monetários para controle da inflação. Com isso, as apostas em um possível corte de juros pelo Fed em junho de 2024 perderam força nos mercados.
No cenário brasileiro, o mercado seguiu o movimento global e está sendo negociado em leve baixa. Aqui, os investidores estão atentos ao andamento da proposta da reforma tributária sobre o consumo.
Ontem, o Senado aprovou o texto-base da reforma, que substitui cinco impostos de estados, municípios e do governo federal por um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual nacional. Agora, a Emenda Constitucional retorna à Câmara dos Deputados, uma vez que os senadores incluíram novos regimes especiais para setores específicos.
Em nossa opinião, essa aprovação é uma boa notícia, pois a reforma reduz a complexidade do sistema tributário brasileiro. No entanto, os efeitos positivos tendem a ser diluídos pelas condições especiais concedidas pelos legisladores a múltiplos setores da economia, o que reduz o efeito da reforma na eficiência da alocação de capital da economia.
Amanhã, o destaque na agenda local será o dado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro, com a expectativa mediana de mercado de uma variação de 0,29%. No entanto, nossa equipe de economia estima uma variação menor, de 0,26% mês contra mês.
Além disso, os investidores deverão continuar observando a volatilidade em algumas empresas listadas, à medida que a temporada de resultados do terceiro trimestre avança, chegando ao fim nesta terça-feira (14/11). Entre os principais nomes que ainda devem divulgar seus resultados estão Magazine Luiza (MGLU3) e Petrobras (PETR3).”