O Bitcoin (BTC) iniciou esta segunda-feira (13) com quedas de até 10% e deu sequência às baixas do último final de semana, que já totalizam a perda de US$ 200 bilhões em ativos.
A performance negativa do Bitcoin acompanhou o pessimismo dos acionistas em relação ao aperto monetário que será anunciado nos EUA pelo FED (Federal Reserve, banco central norte-americano) nesta semana.
Após semanas de sustentação no nível de US$ 30 mil, o BTC iniciou o dia fora do patamar de US$ 25 mil, mas também foi acompanhado de grandes ativos como o Ethereum (ETH), que atingiu níveis inferiores a US $1.300.
De acordo com dados do CoinDesk, a principal moeda do mercado digital inclusive perdeu o nível de US$ 24 mil entre a noite de domingo (12) e madrugada de segunda (13), e alcançou seu menor nível desde dezembro de 2020.
Além disso, só nas últimas 24 horas, o mercado de criptomoedas totalizou a perda de mais de US$ 130 bilhões em ativos. Considerando o final de semana completo, as quedas foram de US$ 200 bilhões.
O Bitcoin também viu sua capitalização de mercado cair abaixo de US$ 1 trilhão. A última vez que o ativo alcançou esse patamar foi em fevereiro de 2021.
Fase negativa do Bitcoin pode aumentar após decisões do FED
Com isso, os investidores acreditam que o ‘inverno bitcoin’ – nome dado ao período de quedas da moeda – ainda durará alguns meses.
Após doze semanas seguidas de perdas da moeda digital, que deixou o nível de US$ 48 mil para menos de US$ 25 mil, o desafio da vez é a confirmação do FED sobre a taxa básica de juros nos EUA.
Com os dados negativos para o mercado sobre o CPI (Inflação ao Consumidor) do mês de maio no país, divulgado na última sexta-feira (10), a expectativa é de que a instituição monetária aumente a inflação norte-americana.
Logo, ao passo de que as performances dos criptoativos estão cada vez mais interligadas com o cenário econômico mundial – e principalmente norte-americano – um novo aperto monetário pode ocasionar mais quedas no mundo do Bitcoin.
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Texto escrito por Fabio Santiago, BP Money.