Divulgado nesta segunda-feira (13), o Boletim Focus reúne as expectativas do mercado, que são elaboradas por cerca de cem economistas do Banco Central. Nesta semana as projeções continuaram a subir.
A inflação, que na última semana estimava alta de 7,58%, chegou a 8% para este ano e em 4,03% para 2022. O teto estipulado era de 5,25% para 2021, já que a meta era 3,25%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
“As projeções seguem em trajetória de alta para 2021 e 2022, ficando fora do teto estabelecido pelo governo. Dos fatores que afetam a inflação, a crise hídrica é a principal, já que gera alta na energia elétrica e nas commodities, como combustíveis e alimentos, encarecendo os produtos para o consumidor”, pontuou o economista e Head de Mesa da Valor Investimentos, Piter Carvalho.
Pela quinta semana seguida as projeções de crescimento do país para este ano caíram, eram esperada uma alta de 5,28%, mas as expectativas do mercado apontam para 5,04%.
A taxa Selic para o final 2021, que antes estava em 7,63, subiu para 8%, para 2022 as projeções que antes apontavam para 7,75%, agora ficam também em 8%.
“Não houve nenhuma mudança importante. A perspectiva da Selic subiu também, mas com uma inflação de 8%, se mantém neutra. Em relação ao PIB, que mais um vez foi revisado para baixo, segue em linha com as expectativas de mercado e os riscos crescentes”, comentou a economista chefe Latin America da Coface, Patrícia Krause.