Semana marcada pela volatilidade e reação às notícias, que foram desde uma possível resolução pacífica, até a uma guerra eminente.
A linha entre a paz e a guerra nunca foi tão tênue quanto essa semana. O investidor precisou acompanhar os principais noticiários do mundo desde a hora que acordava, até a hora de dormir, para entender o que estava acontecendo na Europa.
Acompanhamos ameaças, troca de farpas, possível recuo, expulsão de embaixador americano da Rússia… enfim volatilidade nas notícias e nos principais mercados pelo mundo.
O clima de tensão na Europa foi tão grande que até a ata do FOMC, sobre a política monetária americana, virou coadjuvante e praticamente passou despercebida (ok, convenhamos que o mercado esperava um tom mais hawkish e a ata surpreendeu positivamente com um tom mais leve).
Por aqui, ainda tivemos a vantagem de o fluxo estrangeiro segurar as pontas até onde foi possível. Na quarta-feira a nossa bolsa conseguiu fechar em alta pelo sétimo pregão consecutivo, o que não acontecia desde junho/21. Mas nos últimos dias da semana, nem o gringo foi capaz de ajudar e entregamos os ganhos da semana, que terminou em queda de 0,61%, aos 112.879 pontos.
Agora é olhar para semana que vem, que já começa com feriado americano e, consequentemente, liquidez reduzida aqui.
As notícias que vão chegando da Europa com certeza irão definir para que lado irão os mercados.
E já temos a primeira: depois do fechamento do mercado na sexta (18/02), o presidente americano Joe Biden deu um alerta e uma dica do que podemos esperar durante seu pronunciamento, se mostrando convencido de que a Rússia vai mesmo invadir a Ucrânia.
Será uma semana ainda mais complicada para o nosso mercado pois sem uma definição clara sobre a situação na Europa, o investidor terá que decidir entre passar ou não o carnaval posicionado, com a nossa bolsa fechada por 2 dias, segunda e terça de carnaval, enquanto as notícias continuarão saindo.
Além disso, a temporada de resultados continua e algumas gigantes irão reportar seus resultados do 4º trimestre de 2021, como Petrobras, Vale, Ambev, BRF, Gerdau, e muito mais.
No calendário econômico, ainda teremos dados sobre o emprego e a prévia da inflação de fevereiro aqui no Brasil.
E pra fechar com chave de ouro, a turma de Brasília deve voltar a discutir sobre a PEC dos combustíveis, tema que o investidor também precisa manter no radar.
Uma coisa é certeza: a volatilidade com certeza estará presente!