A aprovação da PEC dos Precatórios, que viabiliza o pagamento do Auxílio Brasil, fez com que o mercado voltasse a aquecer nessa última semana. Aprovada no Senado por 61 votos a 10, a proposta abre espaço fiscal de R$ 106,1 bilhões em 2022, possibilitando o pagamento de um ticket médio de R$ 400 do novo benefício social, que substitui o Bolsa Família. Agora, o texto segue para a Câmara, que deve promulgar o trecho em comum das duas Casas, que abriu o novo espaço no teto de gastos.
O mercado reagiu de forma positiva e o Ibovespa acumulou ganhos na semana, impulsionado pela maior alta diária do ano, de 3,6%, registrada após a votação da PEC no Senado.
Olhando o cenário econômico que vem se recuperando da pandemia do coronavirus, a variante Ômicron trouxe incertezas, ainda há muitas dúvidas sobre a eficácia das vacinas já aplicadas e a letalidade dessa nova variante. Os próximos 15 dias serão de imensa importância para traçar os novos rumos da pandemia e de como o mercado reagirá.
PIBinho
Nesta semana também foi divulgado o PIB do terceiro bimestre, que recuou 0,1% se comparado ao PIB do segundo semestre de 2021. O mercado esperava um recuo de 0,3%.
As projeções do Boletim Focus para o PIB de 2021 ficaram em 4,78% e 0,58% no próximo, antes eram esperados crescimento de 4,80% para 2021 e 0,70% para 2022.
COPOM
Na próxima semana o COPOM realiza entre os dias 7 e 8 de dezembro a reunião para decidir sobre as taxas de juros. O mercado espera que venha uma alta de 150 pontos percentuais, levando a taxa Selic para 9,25%.
Internacional
A fala do presidente do Banco Central Americano assustou o mercado, ao contrário do que vinha sendo dito, Jerome Powell afirmou ver riscos em ter uma inflação elevada e de forma permanente nos Estados Unidos. “Uma vez que essa inflação seja mais permanente, isso pode sim acelerar o ritmo de redução de estímulos da economia americana. Ou seja, acelerar a alta de juros e o ritmo de diminuição de compra de ativos que a gente vem acompanhando”, explicou Pietra Guerra, analista da Clear Corretora.
A expectativa do mercado fica ainda sobre a diminuição de estímulos da economia americana mais rápida, o que pode valorizar ainda mais o dólar.
Dólar
A moeda americana fechou a semana em alta, chegando a R$5,68, chegando perto do maior valor de 13 de abril, quando fechou em R$5,7175.