Por Ariane Benedito, economista CM Capital
No cenário doméstico o grande destaque ficou por conta da decisão de política monetária sobre a taxa básica de juros. O Banco Central reajustou a SELIC em 150 pontos percentuais, fechando o ano de 2021 com a taxa de juros brasileira em 9,25% a.a. o Comitê de Política Monetária antevê outro reajuste de mesma magnitude para a próxima reunião que acontecerá em fevereiro de 2022.
O Comitê destacou no comunicado que o seu cenário base para a inflação permanecem fatores de risco em ambas as direções. Vale salientar, que a inflação no cenário doméstico apresentou um aumento de 0,95% na medição de novembro, desacelerando em relação a medição anterior e abaixo das expectativas do mercado. Apesar da desaceleração na medição mensal, o índice geral de preços acumula a maior alta no intervalo de um ano desde novembro de 2003. Por fim, os dados de atividade de vendas no varejo frustraram as expectativas e trouxe uma percepção pessimista para o setor, apesar do período sazonal de fim de ano.
Os destaques no cenário internacional, também ficaram por conta de indicadores de preço e atividade. Nos Estados Unidos, o CPI registrou uma alta de 0,8% na medição de novembro, com característica inflacionaria parecida com o Brasil, advinda dos grupos de transportes impulsionada pelo preço da gasolina e energia. Na Zona do Euro, os dados de atividade e mercado de trabalho, avançaram no mês de novembro, mas frustram as previsões de mercados.