Por Pedro Ivo.
O ministro Rui Costa (Casa Civil) disse após reunião nesta sexta-feira (24), que o presidente Lula pediu ao ministro do MDA e o ministro da Agricultura, para darem atenção maior na definição das políticas agrícolas já existentes. E que os recursos para os estímulos da produção tenham mais foco nos produtos que fazem parte da cesta básica.
Ele pontuou que o governo convocará produtores, frigoríficos e, novamente, as redes de supermercados, para ouvir sugestões sobre o tema. O ministro garantiu que não haverá fiscalização, tabelamento ou congelamento de preços, tampouco rede de supermercado estatal para venda de produtos. Assegurou que nenhuma dessas medidas foram apresentadas e sendo, não serão submetidas à análise por não fazerem parte daquilo que o governo defende.
As declarações de hoje do ministro ocorrem dois dias depois de ele afirma no programa Bom dia Ministro, da EBC que o governo faria “intervenções” para reduzir a inflação de alimentos.
Assim como o ministro Fernando Haddad (Fazenda) disse ontem, Rui também bateu na teclar de que os preços de alimentos como café, soja, laranja e milho são definidos no mercado internacional pela variação histórica dos preços. Ele relacionou o aumento dos preços no Brasil ao aumento dos preços dessas commodities no mercado internacional.
“Alguns produtos, como commodities, estão caras lá fora. Por exemplo, a laranja: teve diminuição drástica de produção nos EUA, que é um dos maiores produtores do mundo, em função de doenças na plantação. O preço internacional está tão caro quanto aqui. O que se pode fazer? Mudar a fruta. Não adianta baixar a alíquota, porque não tem produto lá fora para colocar aqui dentro”, disse o ministro.
As declarações foram feitas à imprensa após reunião no Palácio do Planalto com o presidente Lula. Também participaram Fernando Haddad (Fazenda), Esther Dweck (Gestão), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Carlos Fávaro (Agricultura).