Nos últimos dias, realizamos uma nova edição da nossa pesquisa com os assessores da XP e assessores de investimento de escritórios autônomos filiados à XP Investimentos. Temos como objetivo obter a visão dos assessores e, principalmente, dos seus clientes sobre a Bolsa brasileira. Nesta edição, obtivemos 570 respostas únicas.
Em outubro, o percentual dos assessores que disseram que seus clientes visam diminuir a alocação em Renda Variável continuou a subir, em +7p.p. M/M para 58%, um novo recorde na nossa série histórica. Esse nível supera o número de clientes que pretendem aumentar sua exposição (10%, -1p.p. M/M) e clientes que pretendem manter seus investimentos nessa classe de ativos (33%, -6p.p. M/M). Os investimentos que os assessores e seus clientes se mostraram mais interessados foram: 1) Tesouro Direto e Renda Fixa (74%, +5p.p. M/M); 2) Investimentos Internacionais (67%, 0p.p. M/M); 3) Fundos de Renda Fixa (49%, +2p.p. M/M); 4) Criptoativos (41%), 5) Fundos Imobiliários (32%, +2p.p. M/M); 6) Fundos Multimercado (19%, -1p.p. M/M ); 7) Fundos de Renda Variável (10%, -3p.p. M/M); e 8) Ouro (7%, +1p.p. M/M).
Em relação aos riscos, o destaque continuou sendo o risco político e fiscal no Brasil, chegando a 84%. A alta da inflação foi vista como o segundo maior risco em 5%, seguido da alta da Taxa Selic e desaceleração global, ambas em 4%.
Em outubro, os assessores e seus clientes ficaram mais cautelosos em relação à Bolsa. Neste mês, a maioria dos assessores, 41% deles, acreditam que o Ibovespa ficará entre os 120.000 e 130.000 pontos ao final de 2021, enquanto que 37% deles acreditam que o Ibovespa ficará entre os 110.000 e 120.000 pontos ao final de 2021. A média de palpites calculada foi de 119.533 pontos, uma diminuição de -5,4% em relação ao mês anterior (126.319 pontos na pesquisa passada).
Alocação em renda variável continua em queda
A alocação em renda variável acima da média histórica caiu para 13% dos clientes de varejo, o que representa uma queda de -6p.p. em relação ao mês passado, quando era 18%, e constitui como o menor valor da nossa série histórica.
Adicionalmente, segundo os assessores, 37% da alocação de seus clientes encontra-se abaixo da média histórica, um aumento de +9p.p. em relação ao mês anterior, enquanto que 35% dos casos, a alocação de seus clientes está em linha com a média histórica, representando -6p.p. M/M.
Obs.: Os assessores que declararam que não possuíam essa informação somaram 15%.
Maioria dos investidores planejam diminuir investimentos em Renda Variável
O percentual dos que visam diminuir seus investimentos em Renda Variável continuou a subir. Em outubro, o indicador subiu +7p.p. M/M para 58%.
Enquanto isso, os investidores interessados em manter seus investimentos em nessa classe de ativos ficou em 33%, uma queda de -6p.p. em relação a setembro. E apenas 10% dos clientes pretendem aumentar seus investimentos na classe de ativos, mesmo nível que o mês anterior.
Interesse em Renda Fixa e Investimentos Internacionais continua alto, seguidos por forte interesse em Criptomoedas
Além de Renda Variável, as classes de ativos que os assessores e seus clientes se mostraram mais interessados foram: 1) Tesouro Direto e Renda Fixa (74%, +5p.p. M/M); 2) Investimentos Internacionais (67%, 0p.p. M/M); 3) Fundos de Renda Fixa (49%, +2p.p. M/M); 4) Criptoativos (41%), 5) Fundos Imobiliários (32%, +2p.p. M/M); 6) Fundos Multimercado (19%, -1p.p. M/M ); 7) Fundos de Renda Variável (10%, -3p.p. M/M); e 8) Ouro (7%, +1p.p. M/M).
Nesse mês, o destaque continuou sendo destaque o aumento do interesse em Tesouro Direto e Renda Fixa ao mesmo tempo em que houve uma queda no interesse em Fundos de Renda Variável. Essas mudanças podem ser explicadas por fatores como o aumento da taxa de juros Selic, tornando a Renda Fixa mais atrativa, bem como o movimento de queda na Bolsa por conta do aumento na percepção de riscos políticos e fiscais.
Pela primeira vez, adicionamos Criptoativos na pesquisa, na qual assessores e clientes demonstraram interesse de 41% nessa classe de ativos.
Relatório Completo: https://conteudos.xpi.com.br/acoes/relatorios/pesquisa-com-assessores-xp-riscos-politicos-e-fiscais-continuam-deteriorando-sentimento-em-relacao-a-bolsa/