No InvestStage, o palco principal da Invest Smart 2022, Brunno Bagnariolli (Sócio-Sênior da Mauá Capital), Marcos Baroni (VP de Pesquisa Suno Research, Jacinto Santos (Idealizador do Funds Explorer) e André Meireles (Head de Estratégia da InvestSmart) debateram, pelo segundo dia do evento, sobre as melhores opções para fundos imobiliários.
Baroni iniciou a palestra frisando que o investidor precisa parar com a ideia de que os fundos são bons para o longo prazo e pediu que fosse acrescentada a palavra perenidade ao vocabulário dos clientes. “Quando compramos um excelente imóvel, que é bem localizado, não fazemos a conta do dia de venda. Nós queremos perpetuar essa compra para usufruir, seja para a aposentadoria ou para passar de geração em geração”.
Para o também consultor CVM (Comissão de Valores Mobiliários), o portfólio de FII deve fazer parte da carteira dos investidores para o acúmulo de renda. “Ficamos colocando prazo, como se fosse um CDB (Certificados de Depósito Bancário), mas um fundo imobiliário é de prazo indeterminado. Então, quando começamos a configurar nossa cabeça para esse caminho, tendemos a tomar decisões com muito mais consciência e assertividade”.
Brunno Bagnariolli, em sua fala, comentou a mudança de foco que os investidores costumam fazer quando o CDI cai. Com os clientes buscando ativos com maior rentabilidade, o representante da Mauá Capital frisou que: “É importante lembrar a razão da existência dos fundos imobiliários. Que é acessar ativos que não são acessíveis naturalmente para o investidor de varejo com ticket de R$ 10 mil, aquele que vai comprar uma laje e receber seus dividendos no pagamento de aluguel mensal, e com isenção de imposto. Esse é o porque da existência da classe”.
O sócio-sênior da Mauá destacou que os fundos imobiliários, sendo utilizados apenas como uma casca para os ativos, não existem mais. “O que existe hoje são as carteiras e portfólio imobiliários e ainda assim a grande maioria é de fundos segmentados, como de logística, longo prazo, BDS e fundos de escritórios”. Bagnariolli completou dizendo que há grande migração para fundos que possuem uma estratégia ampla, que possuem poder de atuar em qualquer tipo de segmento e ativo.
Assim como a dupla, Jacinto Santos, destacou que as melhores opções para fundos imobiliários são: Shopping; Lage Corporativa; Galpões Logísticos e Renda Básica.
Para explicar a escolha pelos shoppings, Baroni disse que os estabelecimentos foram reinventados dentro da pandemia como um modelo de âncora logística. “Os shoppings estão dentro do centro urbano, e é o melhor lugar do ponto de vista imobiliário que possa existir. Ele esta cercado de linhas de transporte, ou seja, o shopping se tornou um polo de negócios”.
O FII Renda urbana é o mercado saindo da obviedade. O trio destacou que é a exploração de comércios, lojas de diversos tamanhos, supermercados, faculdades etc., dentro da própria cidade. Os Galpões Logísticos, bem localizações, foram definidos como uma forma de defesa em crise. Esses imóveis são locados para serem utilizados para armazenar produtos ou como centro de distribuição.
Por fim, Lages Corporativas, também chamadas de corporates, que são espaços amplos e que são normalmente locados para empresas de grande porte, ou até mesmo órgãos e repartições públicas. O ativo foi definido como difícil de ser replicado. Assim, gerando valor econômico para o investidor, pela sua escassez.
Nesta sexta-feira (11/02) está acontecendo o segundo dia da InvestSmart 2022. O evento traz diversas empresas do segmento para discutirem as perspectivas para o ano.