A XP Inc. irá financiar bolsas de estudos integrais para mulheres e pessoas negras em curso de Ciência de Dados oferecido pela Tera, startup de educação para economia digital, com o intuito de potencializar a diversidade no mercado de tecnologia do Brasil. Serão 50 bolsas no total, com cada metade reservada a um dos grupos abrangidos.
A iniciativa representa uma ampliação do programa de diversidade da startup, o DiversiTera, e tem como objetivo potencializar a diversidade na área, em que 83% dos profissionais são homens, entre 22 e 32 anos, e com alto nível de escolaridade.
O curso é 100% online e pautado por uma trilha de empregabilidade em que estudantes contam durante todo o processo com mentorias exclusivas sobre movimentação de carreira, suporte na construção de portfólios e conexão com vagas em empresas parceiras. As inscrições estão abertas até 21 de novembro por este link.
Projetado junto com as maiores lideranças em Ciências de Dados do país, o curso segue o padrão Tera hands-on, permitindo que os aprovados apliquem seus conhecimentos em desafios reais assinados por grandes empresas do país, tendo contato direto com líderes do setor e desenvolvendo seu próprio projeto.
Os temas abordados vão desde disciplinas como Análise e Estruturação de Dados até técnicas avançadas em Machine Learning e desenvolvimento de competências em storytelling e visão de negócios. Além disso, os selecionados aprenderão a analisar dados estatísticos, assim como a comunicar seus insights, utilizando ferramentas e técnicas atuais do setor — como Python, bibliotecas de Machine Learning e outros —, podendo ainda se envolver em programas de contratação da gestora de investimentos.
Segundo Leandro Herrera, fundador e CEO da Tera, o projeto surgiu pela falta de representatividade no setor de tecnologia, que não reflete a realidade da população brasileira. Em contramão com a crescente oferta de vagas, especialmente para profissionais da área de dados, mulheres e pessoas negras, respectivamente, representam mais de 51% e 55% da população brasileira, mas nem 40% das pessoas no setor.
Por isso, desde 2019, a edtech oferece bolsas parciais para esse grupo, como também para LGBTs, com renda mensal comprovada abaixo de R$3.500 — já tendo beneficiado mais de 500 pessoas por esse modelo. “O sucesso foi tão grande que agora queremos expandir a proposta e tornar o programa ainda mais amplo e acessível, deixando as portas das carreiras digitais mais democráticas”, conta Herrera. A startup planeja se tornar a principal fonte de cientistas de dados do país, com a projeção de formar aproximadamente 1.000 profissionais até o final de 2022 e 3.000 deles em 2023.
“A XP tem uma série de iniciativas relacionadas à educação e diversidade. Conseguir aliar ambos temas numa iniciativa que pode transformar a vida das pessoas é o que buscamos fazer todos os dias, nossa razão de existir. Queremos transformar o mercado financeiro para melhorar a vida de todos os brasileiros e brasileiras. Acreditamos que, para isso, a diversidade do nosso país deve estar refletida em nosso ambiente de trabalho, e que só assim conseguiremos desenvolver as melhores soluções para diferentes necessidades e pessoas. Iniciativas como essas geram ganhos exponenciais para as pessoas, para os negócios e para nossa sociedade. A parceria com a Tera, assim, nos faz avançar na direção correta para aumentar cada vez mais o impacto de nossas ações”, afirma Marta Pinheiro, diretora ESG da XP Inc.