Para discutir os prós e contras de estruturas internas ou externas de comunicação, Raphaela Fakri, head de marketing da Renova Invest, e Rebeca Nevares, fundadora do Ella’s e ex-diretora de marketing da Monte Bravo, levaram o tema para o penúltimo painel do Summit Leads, realizado na tarde dessa terça-feira (dia 8). O bate papo contou com a mediação da head de marketing e expansão da Öküs Capital, Fabíola Cagnani.
Formada em economia, Raphaela teve uma vasta experiência fora do mercado financeiro antes de se voltar a este universo. “O grande desafio da proposta da Renova foi construir uma área de marketing”, relata. A especialista conta que a empresa não tinha uma visão tão vasta do tema e teve de dar um passo atrás para mostrar a relevância da consolidação da marca.
Segundo Rebeca, seu posicionamento com o investimento em marketing não é voltado para atrair clientes, mas prioriza demarcar um espaço e mostrar que as mulheres haviam chegado àquele ambiente.
Já Fabíola trouxe alguns incômodos de ter uma área externa de comunicação. A principal delas é a falta de agilidade. Para resolver a questão, a empresa começou a operar em modelo híbrido, contando tanto com uma agência terceirizada quanto com estagiários dentro do escritório.
O trio debateu também a chegada ao mercado de agências de marketing especializadas no mercado financeiro. Rebeca entende que essas empresas podem ter desvantagem da perda de agilidade, considerando que a internet busca por assuntos quentes. “As únicas coisas que terceirizei foram a mídia e o rebranding. No entanto, tive que fazer uma educação com os sócios”, relembra.
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Raphaela também sentiu a necessidade de levar aos sócios a importância de trabalhar os conceitos de marca. “Brinco que sou a startup dentro da Renova”, relata. Ela entende que os escritórios estão começando a perceber a importância do marketing apenas agora.
As duas levantaram pontos importantes sobre a estrutura interna de comunicação. Rebeca relatou que, quando se atinge uma estrutura robusta, passa a ser interessante terceirizar alguns pontos mais operacionais. Contudo, o lado estratégico deve sempre partir de dentro. Rapidez, profissionalismo e entendimento do negócio são, para ela, as maiores vantagens da estrutura interna.
Sobre a terceirização, a especialista levantou um ponto de atenção: a pasteurização do conteúdo. “A agência nem sempre consegue entender a cultura e a alma da empresa”, completou Raphaela. Para ela, viver o dia a dia da empresa é essencial para ter essa personalização
Entre as desvantagens da internalização, Raphaela levantou os custos de trazer profissionais seniores. Para balancear isso, as profissionais entendem que é importante investir no crescimento dos profissionais.